sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sapiências - Uma análise dos livros da Bíblia


(Em razão da complexidade dos textos biblicos, estou sempre buscando novos textos interpretativos.   Assim, além das várias bíblias de estudo que possuo, leio sempre textos de autores mais experientes com a Palavra de Deus.    Abaixo um bom resumo que encontrei, que além de muita inspiração, é uma ótima ilustração que evangeliza, para este blog)


LIVRO DE JONAS

O livro de Jonas foi escrito depois do exílio da Babilônia, antes do ano 200 a.C. É uma espécie de novela, que tem como objetivo apresentar Javé como Deus misericordioso. Assim, o livro de Jonas pertence ao gênero literário midráxico e é um ensinamento didático de caráter Sapiencial. É um tipo de literatura semelhante as parábolas do Novo Testamento.

Jonas após ter sido solicitado por Javé para cumprir sua missão de profeta, pega o primeiro navio que encontrou e segue para Tarsis, região contrária de Nínive onde deveria profetizar. Com a fuga de Jonas, Javé reagiu, pois nenhum homem poderá fugir de seu Deus. Javé lançou sobre o mar uma forte tempestade que colocava em risco a vida dos demais tripulantes. Esta reação de Javé provocou reação também nos marinheiros.

Por isso, procuraram descobrir quem era o causador de toda esta confusão. Após descobrirem, Jonas é lançado ao mar e engolido por um peixe grande, que três dias depois o vomita na praia. Então Jonas obedece a ordem de Deus e Nínive se converte. Jonas não gostou de sua pregação que levou os ninivitas a conversão, se aborrece e pedi para morte. No entanto, Deus mostra o exemplo da mamoneira e mostrando que a inconformidade de Jonas é infundada.   Quanto ao autor do livro não se tem nenhuma referência, é um autor desconhecido.

LIVRO DE RUTE

O livro de Rute é um escrito, em forma de história, que procura descrever a situação concreta do povo pobre que vivia sob o jugo do império Persa. O povo estava retornando do exílio da Babilônia, por isso se encontrava em situações degradantes de pobreza e insatisfação religiosa. Neste ambiente de instabilidade e miséria surge a proposta de reformas:

- Reforma de Zorobabel e Josué: pretendiam reconstruir o altar e o templo, que fora destruído por Nabuconodosor. Acreditavam que o sofrimento do povo era castigo de Deus por terem abandonado o templo. Tal projeto envolveu todo o povo em torno do único objetivo, a reconstrução do templo.

- Reforma de Esdras: este, por sua vez, acreditava que o sofrimento do povo era castigo de Deus por terem casado com mulheres estrangeira e terem aceitado alguns costumes pagãos. Por isso, propunha que expulsasse as mulheres e os filhos que haviam tido com as estrangeiras, bem como, exigia melhor observância da lei de Deus. Pretendia organizar o povo em torno da observância da lei e da pureza da raça.

- Reforma de Neemias: percebeu o sofrimento do povo explorado e propôs sua reforma em torno da redistribuição das terras. Para isto, baseou-se na observância da lei do ano jubilar. Esta lei rezava que a cada 50 anos deveriam rever as compras e vendas de terras, quem era rico deveria devolver as terras aos pobres.

O livro de Rute não fala explicitamente destas propostas de reforma, no entanto, podemos perceber que a relação estabelecida entre a personagem Rute e os demais personagem do texto mostram a indignação dos pobres com as reformas e promessas, que não se concretizavam. Rute é que procura Boaz, ou seja, a mudança partiu da iniciativa dos pobres que estavam a margem dos projetos vigentes.

O texto obedece a uma ordem literária que parte da realidade concreta do povo, mostrando que a iniciativa sempre é dos pobres, que exigem o cumprimento da lei e o resgate da dignidade humana.Os nomes dos personagens revelam a situação concreta e fazem parte do enredo e da literatura Sapiencial.

SALMOS

Os salmos nasceram da experiência concreta do povo pobre, por isso podemos dizer que é um memorial da fé e da luta de nossos antepassados, que viveram momentos de alegria, de esperança, de tristeza, dor, etc... O livro de salmos é considerado o maior livro da bíblia, no entanto, os salmos não se restringem apenas ao livro em si, porque há salmos espalhados por toda a bíblia.

Entre os salmos temos os mais variados motivos que derivaram sua origem: recordar o passado através da história, o conflito entre fé e realidade, o sofrimento, a lei de Deus, as festas do povo, a busca da presença de Deus, a saudade, a penitência, a natureza, a esperança, etc...
Para entender e rezar os salmos podemos utilizar diversas chaves de leitura, entre elas vamos destacar as seguintes: A literária, a histórica, a sociológica, a antropológica, a litúrgica, e a teológica.

A maioria dos salmos não tem autor, nem datação que identifique sua origem e seu período. Sabemos a origem e os autores de alguns salmos através dos acontecimentos narrados.

PROVÉRBIOS

O livro dos provérbios foi organizado durante o domínio Persa. Possivelmente antes do final do século IV aC. Os provérbios são o resultado de um processo de compilação, que tem por objetivo descrever os ditos populares, os versos poéticos e as canções que nasceram do povo simples.

Por volta de 970 a 930, Salomão foi buscar no Egito o modelo político, cultural, econômico, etc...para governar o povo com sabedoria. Por isso, importou os “sábios” (escribas, escrivãs, secretários, sacerdotes, militares, juizes, etc... Estes, por sua vez, recolheram os provérbios populares e construíram o estado em cima destes dizeres do povo, para obterem respaldo popular. Assim surgiu a primeira coleção, 22, 17-24,22, 24, 23-24, estes provérbios favoreciam o rei Salomão e exaltavam seu reinado.

Durante a reforma de Ezequias (715 - 687), foi feito uma coleta de provérbios para descobrir o que o povo pensava e sentia. Assim, surgiu a 2º coleção de provérbios, 25-29, isto para facilitar a reforma de Ezequias.

Durante a reforma de Josias (640 - 609), ocorreu uma nova busca de provérbios no meio popular, surgiu assim a 3º coleção e tinha também como objetivo favorecer a reforma de Josias.

Durante o domínio Persa (539 - 330), surgiu outra coleção 1-9;30,1-31-9, período de contestação à reforma de Esdras e Neemias. Esta 4º coleção é composta pelos sábios populares que utilizaram deste meio para protestar contra os dominadores.

ECLESIÁSTICO

Por volta de 333 o mundo Grego superou o mundo Persa. Grécia torna-se o centro de dominação sobre as demais nações. Neste contexto surge o livro do Eclesiástico, que recebeu este título devido a denominação latina Eclesiasticus, ou seja, era o livro usado pela Igreja na catequese, etc.

O autor do livro é identificado com o nome de “Jesus Ben Sirac”, judeu piedoso que provavelmente exercia a profissão de vendedor ambulante. Ao perceber as mudanças provocadas pela imposição da cultura elenista sobre a cultura semita escreveu este livro como tentativa de recuperar e conservar os costumes religiosos e os valores morais da cultura judaica.

Em 132 AC no Egito, o neto de “Jesus Ben Sirac” traduziu o livro e acrescentou um prólogo explicativo, pelo prólogo podemos saber que Ben Sirac escreveu o livro entre 185 - 180 AC.

CÂNTICOS DOS CÂNTICOS

É uma coletânea de cânticos populares, que falam de amor. O livro procura resgatar e trazer presente a experiência que o povo viveu durante o tribalismo (1210 - 1000 a.C.), para assim resgatar as relações sociais.

Surgiu por volta do ano 333 a.C. , durante a passagem do domínio Persa para o Grego. Neste período as filosofias gregas e outras teorias filosóficas contribuíram para com o sistema dominante. A teologia da pré-destinação partia da classe dominante e atingia a classe média e os pobres.

O Cântico dos Cânticos é um resgate do corpo, pois devido a estas filosofias (hedonismo, estoicismo), a lei do puro e do impuro, o casamento com mulheres estrangeiras e tantos outros fatos contribuíram para que fosse desvalorizado o corpo, isto para justificar a pobreza e a dominação masculina.

O livro procura resgatar o corpo em função da integridade humana. Pois, a ideologia dominante do Império usava esta estratégia para escravizar o povo e explorar.


O livro de Jó é um poema dramático-religioso que discute o sofrimento na vida humana a partir da doutrina da retribuição. Jó aparece no livro como um justo, piedoso, fiel a Deus... Etc. Os estudos recentes situam o livro de Jó mais ou menos entre os anos 450-350 a.C. Durante o período da dominação Persa.

Os Persas estavam explorando o povo de todas as formas através de seu sistema imperialista. Os camponeses já haviam perdido tudo, terras, animais...etc. Por último estavam entregando seus próprios filhos e filhas. Neste contexto surge o livro de Jó, que procura identificar o sofrimento do povo e denunciar a situação de dor, de sofrimento, de angustia, de abandono, de doença...

Neste período, em torno do ano 400 circulava entre o povo o mito de Jó, bem como na Grécia surgiu o mito de prometeu, personagem no qual brigava contra os deuses. O autor do livro de Jó certamente se inspirou nestes dados para compor esta obra. Pois, no início do livro apresenta um Jó rico, saudável, com filhos, feliz, paciente, piedoso e perseverante. No entanto, sujeito a perder tudo por obediência a Deus. Num segundo momento descreve Jó dialogando com seus amigos, no qual surgem as posturas teológicas, conflitando entre o pensamento teológico oficial e o sentimento religioso do povo. Outro aspecto importante são os argumentos utilizados por Jó para refutar a teologia da retribuição, da predestinação. Nesta mesma direção Jó se habilita a discutir com Deus e resgatar a dignidade através da experiência de vida.

DANIEL

O livro de Daniel é um escrito apocalíptico que revela a situação real de um povo. Apresenta diversas situações em forma de imagens e sinais que relatam a exploração e dominação do império sobre o povo.

Quanto ao autor do livro fica meio difícil afirmar que o livro foi escrito por um só autor, pois, o livro foi escrito em três línguas diferentes. Isto mostra que o livro pode ser uma junção de contos e histórias orais que mais tarde foi organizada em livro.

O contexto histórico é bastante complexo no sentido de que Juda a partir do ano 586 foi dominado politicamente e economicamente. Primeiro pelos babilônios depois por vários outros impérios. Em 539 a.C. de colônia da babilônia passa a colônia Pérsia. Em 333 foi consolidado o império Grego por Alexandre Magno que morreu em 323 a.C. Com a sua morte o Império foi dividido entre os seus generais e a Palestina ficou sob o domínio do general Antíoco III, que saiu vitorioso na batalha de Panion.

Dominados pelo Império Grego, os Palestinos e todo povo, passam a pagar pesados tributos para sustentar as cidades construídas pelos Imperadores. Os pequenos proprietários de terra eram obrigados a produzir para os grandes latifundiários que em troca davam-lhes um mísero salário. De um lado estavam os grandes latifúndios vivendo a custa do trabalho da maioria da população pobre.

A dominação era em todos os sentidos, pois Antíoco III introduziu a helenização e ameaçava a cultura e a religião Judaica.O autor tem a intenção de denunciar o imperialismo e propor mudanças numa tentativa de resgatar a identidade política, econômica e cultural do povo. Denuncia a idolatria através da destruição dos falsos deuses e desafia os sábios quanto aos problemas ligados ao império.


Fonte:  Jayme N. Barros / Portal Melodia

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

COMO ESTUDAR A BÍBLIA SOZINHO (Parte XVIII) RESUMO

(Última postagem referente ao maravilhoso livro "Como Estudar a Bíblia Sózinho", de Tim Lahaye, o famoso escritor de "Deixados para trás". Postei em partes, como um verdadeiro curso, não muito extenso, como o livro. De agradável leitura, muito útil, nos trará muitas inspirações e bençãos)

RESUMO

Bem, isto é tudo, ou quase tudo. Agora o leitor já sabe que pode estudar a Bíblia sozinho, e que, se o fizer, poderá tornar-se um crente melhor e dar mais frutos para Deus. O que isto lhe custará? Tempo – ou então a disposição de fazê-lo.

QUE QUEREMOS DIZER QUANDO FALAMOS EM TEMPO

Anteriormente, afirmei que há quatro métodos básicos para se estudar a Bíblia sozinho. A fórmula que apresento a seguir mostrará o limite máximo de tempo para cada um desses métodos.

Ao primeiro olhar, trinta e cinco minutos por dia (1/48 avos do dia) pode parecer muito, para uma pessoa que tem o dia muito cheio. Mas o que pensaria o leitor se eu dissesse que não iria tomar tempo algum? E a verdade é que não lhe custará tempo algum – a longo prazo. Lembre-se disso: Deus não fica devendo nada a ninguém, isto é, tudo que dermos a ele, seja tempo, talento ou dinheiro, ele o multiplicará e nos devolverá. Muitos trechos da Bíblia ensinam esta verdade.

"Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33.)

"Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." (Lc. 6:38.)

Um fato muito singular ocorre quando honramos a Deus com "as primícias" de nosso tempo, observando o estudo bíblico diário. Ele o abençoa tanto e torna tão produtivo o restante do dia, que aquilo que lhe dedicamos não nos faz falta; na verdade, acabamos ganhando tempo. E o resultado é este: as vinte e três horas e meia abençoadas por Deus, por passarmos trinta e minutos com sua Palavra, serão mais proveitosas que as vinte e quatro horas sem a bênção de Deus. Do mesmo modo, quatro horas por semana passadas em leitura, estudo e memorização das Escrituras, abençoarão de tal modo as 164 horas restantes, que teremos muito mais proveito nelas, que nas 168 integrais, se negligenciarmos a Bíblia. O Deus que multiplicou o lanche de um rapaz nos dias de Jesus, é igualmente poderoso para multiplicar nosso tempo, quando lhe dedicamos a primeira parte dele.

Depois que aprendermos o sistema econômico de Deus e entendermos que ele é um multiplicador do tempo, não será difícil sermos fiéis no estudo bíblico, pois teremos descoberto o segredo da conservação do tempo.

Perguntaram a um ocupado chefe de vendas de certa empresa como ainda podia dar-se "ao luxo" de passar trinta e cinco minutos por dia, estudando a Bíblia, ao que ele replicou: "Eu não posso é dar-me 'ao luxo' de não estudar!" E ninguém pode!


(Créditos do texto, devidamente mencionados no início da postagem )

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

COMO ESTUDAR A BÍBLIA SOZINHO (Parte XVII) PARA DECORAR A BÍBLIA


(Publicação de postagens maravilhosas do livro "Como Estudar a Bíblia Sózinho", de Tim Lahaye, o famoso escritor de "Deixados para trás".  Postarei em partes, como um verdadeiro curso, não muito extenso, como o livro.   De agradável leitura, muito útil, nos trará muitas inspirações e bençãos)

PARA DECORAR A BÍBLIA DE MANEIRA PROVEITOSA

O melhor método que conheço para decorarmos versos bíblicos é utilizar cartõezinhos de memorização. Algumas pessoas gostam de cartões do tamanho de cartões de visita; outras preferem-nos um pouco maiores, mas o importante é que os carreguemos sempre conosco, aonde quer que vamos. Deste modo poderemos repassa-los várias vezes nos momentos de folga que tivermos durante o dia. Numa sala de espera, na fila do ônibus, no ônibus ou no carro, a caminho do serviço, ou sempre que dispusermos de um momento livre, para "remir o tempo". Damos abaixo algumas sugestões que poderão auxiliar nesta memorização.

1. Escrever os versos em cartões
Devemos copiar o verso diretamente da Bíblia, escrevendo-o à mão, pois este é um modo valioso de iniciar o processo de memorização. Copiá-lo à máquina pode ficar mais elegante, mas não ajudará tanto na memorização quanto copiando à mão.

2. Memorizar temas para cada verso
O simples ato de memorizar os versos e as referências pode tornar-se um pouco confuso, a não ser que procuremos associar, a cada versículo, um tema. Em vez de decorarmos cinqüenta versículos esparsos, será melhor decorarmos cinqüenta versos a respeito de cinqüenta temas. A razão disso é que nossa mente apreende melhor os temas. Quando quisermos recordar um texto a respeito da oração ou de qualquer outro assunto, será mais fácil lembrá-lo se o tivermos associado ao assunto no momento em que o memorizamos. Vejamos dois exemplos que ilustram este ponto.

Oração
"Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa." (Jo. 16:24.)

Ordenança Para se Memorizar a Bíblia

"Não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nela dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido." (Js. 1:8.)


Vários peritos no assunto afirmam que é melhor decorar três versículos sobre cada assunto, antes de passarmos ao tema seguinte. Existem duas razões para isto. Será mais fácil relembrá-los, se forem memorizados em grupo, do que se decorarmos cinqüenta versos esparsos, para cinqüenta assuntos. Outro motivo é que, para o crente novo, alguns temas são mais relevantes que outros. No fim deste capítulo, fornecemos uma lista de cinqüenta assuntos, com três versículos para cada um, que devem ser memorizados neste programa de estudos, a fim de se obter um conhecimento prático da Bíblia, em três anos.

3. Decorar as referências
Devemos sempre decorar as referências bíblicas ao memorizarmos os versículos, pois do contrário acabaremos confusos, com uma porção de textos na mente, mas sem a mínima idéia de onde se encontram. Alguém comparou isso à associação de pessoas e nomes. É possível alguém sair bem se não se lembrar do nome de uma certa pessoa, mas, se quiser mencionar o nome, será bom que se dirija à pessoa pelo nome certo. Aliás, dizem que o tempo que empregamos a mais para decorar as referências, serve para aguçar nossa memória com relação a nomes de pessoas e de lugares.

4. Decorar três versos por semana
Já ficou provado que a média de três versos por semana é a ideal para a memorização das Escrituras. Estudar mais que isso pode acabar resultando em confusão, quando tentarmos recordá-los depois de algum tempo. Estudar menos pode provocar desinteresse na memorização. Houve uma época em meus estudos, quando fiquei muito entusiasmado, e passei a memorizar seis versos por semana. Até hoje, os versos que tenho mais dificuldade em recordar corretamente são os que memorizei nessa época. A memorização de três versos por semana permite-nos mais tempo para aprendê-los bem, com mais facilidade para evocá-los, mais tarde.

5. Datar e anotar cada verso
Será bom marcar nas costas de cada cartão a data em que começamos a memorizar o versículo. Será bom, também, anotar no caderno de estudos bíblicos, para termos o fato registrado, caso percamos o cartão.


6. Ler o verso em voz alta e gravar o "retrato" dele na mente
A melhor maneira de memorizar um versículo – depois de o escrevermos no cartão com a referência bíblica e o tema – é lê-lo em voz alta dez vezes, "fotografando-o" na mente à medida que o lemos. Após a décima vez, fechamos os olhos e procuramos reproduzir o quadro mental do verso, dizendo-o de cor, em voz alta, consultando o cartão apenas quando for estritamente necessário. Depois que conseguirmos repeti-lo várias vezes, sem recorrer ao cartão, estamos prontos para passar ao verso seguinte. Havendo tempo, o ideal é decorar os três versos no primeiro dia da semana. Deste modo, quando já conseguimos dizer os três sem recorrer ao cartão, podemos estar certos de que os gravaremos melhor fazendo a revisão diária de três ou quatro vezes ao dia, usando o método que exporemos mais adiante. A memorização de três versos não deve tomar mais que trinta minutos. A revisão pode ser feita nos momentos de folga, já que podemos carregar os cartões sempre conosco.

7. Revisão diária
Os psicólogos afirmam que a revisão auxilia grandemente o aprendizado. é muito importante que revisemos os versos da semana várias vezes por dia, principalmente no início da semana. Depois que conseguirmos repetir um desses versos três vezes, perfeitamente, podemos colocá-lo no grupo de versos já decorados nas semanas anteriores, e que recordamos uma vez por dia. Se errarmos uma palavra que seja de um desses versos, devemos ajuntá-lo aos três versículos novos da semana, que são recordados sete vezes por dia.

8. Revisão diária durante sete semanas
O segredo da memorização permanente é recordar cada verso diariamente, durante sete semanas. Já se descobriu que quando fazemos isto, podemos passar a revisá-los apenas uma vez por semana, durante sete meses, e depois uma vez por mês apenas. Alguém já resumiu o processo da seguinte maneira: "Recordando um verso diariamente durante sete semanas, e depois uma vez por semana durante sete meses, e depois uma vez por mês, durante sete meses também, nós o lembraremos para o resto da vida." Eu, pessoalmente, sei que tenho que recordar todos os versos uma vez por mês, indefinidamente, senão terei problemas quando quiser relembrá-los.

Um modo prático de fazer esta revisão é dividindo os cartões nos três grupos, relacionados abaixo:

I. Grupo de Revisão Diária – não mais que vinte e um cartões subdivididos em dois grupos (pode-se usar cola para separá-los).
1. Os três versos da semana e mais os que errarmos na última revisão feita – recordar três a quatro vezes por dia. 

2. Dezoito versos já decorados anteriormente, que revisamos uma vez, diariamente.
II. Grupo de Revisão Semanal – após a décima oitava semana do programa de memorização, deveremos acrescentar três novos versos por semana, durante sete meses.
III. Grupo de Revisão Mensal – somente depois de nove meses é que começaremos a formar este grupo, mas quando o fizermos já estaremos sobejamente convencidos do valor deste programa de memorização das Escrituras.

Temas e Versos Para Serem Memorizados

A. Os versos seguintes são o número mínimo que todo crente deve saber de cor.

Tema Grupo I Grupo II Grupo III
Ordenança para se decorar a Palavra Js. 1:8 Mt. 4:4 Cl. 3:17
Certeza de salvação 1 Jo 5:11,12 Jo. 5:14 Rm. 8:1
Obediência, a chave da felicidade Jo. 3:17 Lc. 11:28 Sl. 119:1,2
A nova vida em Cristo 2 Co. 5:17 Jo. 10:10b Cl. 2:6
A ordem de testemunhar At. 1:8 1 Pe. 3:15 2 Tm 4:2
A oração diária é essencial Jo. 15:7 Jo. 16:24 1 Ts. 5:17

B. Os versos deste grupo auxiliam o cristão no testemunho de sua fé.

Deus ama a todos os homens Jo. 3:16 1 Jo. 3:16 Rm. 5:8
Todos os homens são pecadores Rm. 3:23 Jo. 3:19 Rm. 3:12
Os resultados do pecado Rm. 6:23 Hb. 9:27 Rm. 5:12
Cristo pagou pelos pecados do homem 1 Co. 15:3,4 1 Pe. 3:18 Gl. 3:13
A salvação é um dom gratuito Ef. 2:8, 9 Rm. 3:24 Tt. 3:5
Cristo é o único meio para a salvação Jo. 14:6 Jo. 10:9 Is. 53:6
O homem precisa receber
a Cristo pessoalmente Jo. 1:12 Ap. 3:20 Jo. 5:24
O homem têm que fazer de Cristo
o Senhor de sua vida Rm. 10:13 Rm. 10:9,10 At. 16:31

C. Esta série mostra as conseqüências de nos tornarmos cristãos.

Perdão dos pecados 1 Jo. 1:9 Ef. 1:7 1 Jo. 2:1,2
Paz com Deus Jo. 14:27 Jo. 16:33 Is. 26:3
Uma nova natureza 1 Pe. 1:23 Ef. 4:24 2 Pe. 1:4
Novo poder interior Cl. 1:11 Ef. 3:20 Zc. 4:6
Vitória sobre o pecado 1 Co. 10:13 1 Jo. 5:4,5 2 Co. 2:4
Vitória sobre as preocupações Fp. 4:6,7 2 Tm. 1:7 1 Pe. 2:7
Vitória sobre a cólera Ef. 4:30-32 Sl. 37:8 Ec. 7:9
Vitória sobre a depressão 1 Ts. 5:18 Cl. 1:12 Sl. 100:4
O Espírito Santo

D. Esta série mostra os desafios que encontramos na vida cristã.

Separar-se do mundo 1 Jo. 2:15,16 2 Co. 6:17,18 Rm. 12:2
Seguir a Cristo Lc. 9:23 1 Jo. 2:6 1 Pe. 2:21
Ir ao mundo e testemunhar de Cristo Mt. 28:19,20 At. 1:8 1 Pe. 3:15
Crescer na fé Hb. 11:6 Rm 14:20,21 At. 27:25
Andar no Espírito Gl. 5:16 Ef. 5:18 Cl. 3:16,17
Ser generoso Lc. 6:38 2 Co. 9:7 1 Co. 16:2
Dedicar-se a Deus Rm. 12:1,2 Rm. 6:13 Rm. 6:16
Combater o bom combate Ef. 6:10,11 2 Tm 2:3,4 Ef. 6:13
Procurar companheiros cristãos 1 Co 15:33 Pv. 4:14 Sl. 1:1

E. Esta série mostra as novas características em nossa vida.

Amor Jo. 15:12 Jo. 13:25 1 Ts. 3:12
Alegria Jr. 15:16 Jo. 15:11 1 Pe. 1:8
Fé Ef. 6:16 Tg. 1:6 Rm. 5:1
Humildade Rm. 12:3 1 Pe. 5:5 Tg. 4:10
Paciência Hb. 10:36 Rm. 12:12 Tg. 1:4
Sabedoria Mt. 7:24 2 Tm. 3:15 Tg. 3:17
Graça 1 Co. 1:4 1 Pe. 4:10 1 Co. 15:10
Consolo 2 Co. 1:3,4 Jo. 14:18 Jo. 14:1
Perdão Mt. 6:14 Mc. 11:25 Lc. 14:4

F. Os versos da série seguinte apresentam lições básicas acerca de certos assuntos que precisamos conhecer.

Deus Sl. 14:1 Pv. 1:7 Rm. 1:20
Jesus Cristo Fp. 2:9,10 Cl. 1:15,16 Hb. 1:1-3
A ressurreição de Cristo 1 Ts. 4:14 1 Pe. 1:3 Ef. 1:20
A Palavra de Deus 2 Tm. 3:16,17 Hb. 4:12 2 Pe. 1:21
A segunda vinda de Cristo Jo. 14:2,3 1 Ts. 4:16,17 Tt. 2:12,13
Deus premia o cristão fiel
no serviço 2 Co. 5:10 1 Co. 3:13 Rm. 14:10
A vontade de Deus Mt. 12:50 Jo. 7:17 Ef. 6:6
Boas obras Céu Ef. 2:10 Hb. 10:24 Tt. 2:7
Os caminhos do homem não
são os caminhos de Deus 1 Co. 2:14 1 Co. 1:18 Rm. 11:33


(Créditos do texto, devidamente mencionados no início da postagem            ...segue...)



terça-feira, 17 de agosto de 2010

COMO ESTUDAR A BÍBLIA SOZINHO (Parte XVI) APRESSANDO O PROCESSO DE APRENDIZADO


(Publicação de postagens maravilhosas do livro "Como Estudar a Bíblia Sózinho", de Tim Lahaye, o famoso escritor de "Deixados para trás".  Postarei em partes, como um verdadeiro curso, não muito extenso, como o livro.   De agradável leitura, muito útil, nos trará muitas inspirações e bençãos)



APRESSANDO  O  PROCESSO  DE  APRENDIZADO


"Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanta ele faz será bem sucedido" (Sl.1:1-3).
"De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? observando-o segundo a tua palavra."
"Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti" (Sl 119.9 e 11).
A ciência afirma que existem cerca de doze bilhões de células no cérebro da média dos homens, e que a maioria das pessoas faz uso de apenas 10% de seu potencial mental. Antes de existirem as anotações em blocos de pedra e a escrita manual, tão conveniente para nós, as pessoas tinham o hábito de guardar na memória tudo quando ouviam; era a única maneira de evocar os fatos passados, quando necessitavam fazê-lo.
Nos últimos anos, tem havido um avivamento desta ante perdida da memorização, e já notei que aqueles que a usam para estudar a Bíblia, crescem na vida espiritual bem rapidamente. Dawson Trotman, o fundador do grupo "Navegadores", talvez seja a pessoa que levou mais cristãos a memorizarem a Palavra de Deus neste século XX. Ele disse: "Nada paga dividendos mais elevados na proporção do tempo investido, do que o hábito de gravar a Palavra de Deus nas tábuas do coração." Já vi muitas pessoas darem verdadeiros passos de gigante, na vida espiritual, logo que começaram a memorizar as Escrituras.

QUALQUER PESSOA CONSEGUE MEMORIZAR

A maioria das pessoas se queixa de um bloqueio mental, quando se fala em memorizar, mas somente em casos muito raros é que isto é verdade. Na maioria das vezes, trata-se de um caso de falta de verdadeiro interesse e de aplicação. Se eu perguntasse a alguém seu endereço e número de telefone, ele não teria o mínimo problema em lembrá-los. Qualquer pessoa que pode fazer isto, pode decorar a Bíblia. Sinceramente, a memorização da Bíblia exige dedicação e esforço, mas resulta em maiores dividendos para a vida espiritual que qualquer outro método de estudo bíblico que conhecemos.

OS BENEFÍCIOS DA MEMORIZAÇÃO

1. Dá-nos vitória sobre o pecado
"Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti" (Sl. 119:11). Nada melhor para deter a tentação do que a Palavra de Deus armazenada na mente. Muitos cristãos derrotados, escravizados ao pecado, tornaram-se gigantes espirituais, estudando a Palavra de Deus. A maioria dos pecados que "tenazmente nos assedia" não nos toma de assalto. Na verdade, eles nos levam a transpor lentamente a linha que separa a tentação da desobediência. Quando a tentação ergue sua pavorosa cabeça, a luz vermelha da Palavra de Deus se acende em nossa mente, e muitas vezes consegue deter nossos passos. Cada vez que damos atenção à Palavra de Deus e resistimos ao impulso de pecar, estamos nos fortalecendo na vida espiritual, e tornando mais remota a possibilidade de cairmos na próxima tentação. A vitória sobre o pecado é um processo gradual, e a memorização da Bíblia acelera este processo.



2. Ajuda-nos a vencer as preocupações
As preocupações, ansiedades e temores são tão naturais ao homem, como é para os castores a construção de seus diques. É por isso que a Palavra de Deus tem tanto a dizer a respeito de "não temer", "não vos perturbeis", "não vos inquieteis com o dia de amanhã". Mas estas determinações das Escrituras não serão de nenhum valor para nós, se não estiverem cimentadas em nossa mente, para quando precisarmos delas.
Em minhas funções de pastor, reitor de faculdade, fundador dos seminários de "Family Life" e de uma escola evangélica de primeiro e segundo graus, tenho sido tentado a sentir medo quando me vejo diante de orçamentos no valor de cinco milhões de dólares anuais. Quando olho para a nossa economia, para os muitos lares que dependem desses ministérios para o seu sustento, sinto a tentação de entrar em pânico, principalmente em tempos de depressão econômica ou de inflação. Em tais momentos, minha casa do tesouro de versos memorizados me dá um imenso alívio, inundando minha mente com os princípios divinos. O fato de reclamarmos: "O que vou fazer agora?" não nos ajuda em nada. Mas quando repasso mentalmente a promessa divina "Meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades", isso me ajuda.

3. Dá-nos segurança ao testemunharmos de nossa fé
Logo que nos tornamos crentes, temos um desejo natural de vermos outros conhecerem a Cristo. Mas o temor frio e cortante nos domina; ele é o empecilho mais comum ao testemunho. O maior temor que a maioria dos crentes enfrenta é o receio de não saber o que dizer, ou então de dizer algo errado. Isto pode ser quase que totalmente eliminado, se formarmos o hábito de decorar versículos-chave. Ninguém precisa ser muito extrovertido, nem é necessário que se seja um bom argumentador para dar um bom testemunho de Cristo; mas precisamos conhecer bem os versículos-chave, para que nosso testemunho do evangelho seja realmente proveitoso.
A primeira vez que vi realmente o valor de se ter a Palavra gravada na mente, foi quando ouvi o testemunho de um ex-marinheiro de um submarino, de nome Rosenberger. Este jovem convertera-se do judaísmo, e relatou que antes de ser crente rejeitava toda e qualquer manifestação sobrenatural, e ridicularizava os cristãos abertamente. Aconteceu, porém, que um marinheiro recém-convertido foi designado para ocupar um leito vizinho ao seu e Rosenberger era obrigado a ouvi-lo decorar três versículos por semana, hábito que adquirira com seus amigos do grupo "Navegadores", pouco antes de partir para o Pacifico. O jovem não conhecia nenhum argumento bíblico para responder aos insultos e ironias de Rosenberger. Tudo que sabia eram os versículos bíblicos. Assim, toda a vez que Rosenberger lhe dizia alguma coisa, ele respondia: "A Bíblia diz o seguinte..." e citava-lhe uma passagem das Escrituras. Rosenberger só resistiu a este tratamento por dez meses, e afinal curvou-se diante da graça perdoadora de Deus. O Pai celeste diz de sua Palavra: "...a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz..." (Is 55:11.) Ele não faz a mesma promessa com relação às nossas palavras.
Um crente que sai para testemunhar sem estar munido da Palavra de Deus, é como um soldado que vai para a guerra desarmado.

4. Acelera o processo de desenvolvimento pessoal
Todos os crentes são chamados a se "transformarem", isto é, a serem uma "nova criatura" (2 Co. 5:17). Isto não acontece da noite para o dia – resulta de um processo de desenvolvimento. A memorização das Escrituras irá acelerar este processo de maneira notável, pois o segredo da transformação é a renovação da mente (Rm. 12:2) através da Palavra de Deus. Quanto maior for o número de textos que aprendermos e incorporarmos à nossa vida, tanto mais rápido conformaremos nossa vida à sabedoria de Deus ensinada na Bíblia.
Esta renovação da mente pela memorização da Palavra é grandemente proveitosa para a transformação de nossa vida mental. A maioria das pessoas têm que lutar muito para se manter livre de pensamentos impuros e imaginação maldosa. A memorização das Escrituras fornece-lhes algo de positivo para pensar, em vez de apenas lutarem contra os pensamentos perniciosos. Esta mesma prática provou-se valiosa para aqueles que têm que resguardar a mente de pensamentos de inveja, ressentimentos, vingança e outros, que são contrários à vontade de Deus para nossa mente.

5. Ajuda-nos a descobrir a vontade de Deus para nossa vida
Muitas vezes temos que tomar decisões súbitas, e não temos tempo de recorrer à Bíblia ou ao nosso caderno de apontamentos. Tendo um bom conjunto de versos registrados na memória, será muito mais fácil tomar a decisão acertada.

6. Auxilia-nos no estudo de outros textos bíblicos
O melhor comentário bíblico é a própria Bíblia. Quanto maior for o número de versos-chave que tivermos gravados na mente, mais fácil nos será entender os versículos bíblicos, à luz de outros textos. Os crentes novos, em geral, passam muito tempo lendo comentários bíblicos. Mas depois que decoramos textos bíblicos vemos que precisaremos consultar os comentários com menos freqüência, e recorreremos a eles apenas quando estivermos diante de uma passagem mais difícil, ou então quando nos prepararmos para falar em público.

7. Prepara-nos para servirmos a Deus de modo ilimitado
Já observei, através dos anos, que muitos formandos de nossas faculdades acabam dedicando-se a uma profissão completamente diversa daquela para a qual se graduaram. A razão disso é que muitos dos currículos de nossas escolas, principalmente das escolas cristãs, proporcionam ao aluno uma base bem ampla, com a qual ele pode lançar-se em várias carreiras. A porta da oportunidade, em geral, abre-se para as pessoas que já estão engajadas em atividades nas quais são bem sucedidas. O curso da escola fornece-lhe a base sobre a qual ele se apóia para ser profissionalmente flexível. A memorização das Escrituras faz a mesma coisa para o crente. Quase não há limites para o potencial do filho de Deus que possui um bom conhecimento mental da Bíblia.


(Créditos do texto, devidamente mencionados no início da postagem            ...segue...)

sábado, 14 de agosto de 2010

COMO ESTUDAR A BÍBLIA SOZINHO (Parte XV) HERMENÊUTICA

(Publicação de postagens maravilhosas do livro "Como Estudar a Bíblia Sózinho", de Tim Lahaye, o famoso escritor de "Deixados para trás". Postarei em partes, como um verdadeiro curso, não muito extenso, como o livro. De agradável leitura, muito útil, nos trará muitas inspirações e bençãos)

HERMENÊUTICA

Hermenêutica é o método de estudo bíblico pelo qual nos certificamos de que a mensagem que Deus nos transmite seja cuidadosamente entendida pelo homem.
A Bíblia não é um livro comum; ela é a comunicação de Deus com a humanidade, por intermédio de homens. A razão da necessidade de se utilizar um método científico como a hermenêutica pode ser vista no gráfico abaixo.

Um Deus infinito, que é Espírito, sabe tudo a respeito de todas as coisas. Para comunicar-se com o homem, precisa fazer uso de olhos e ouvidos humanos, pois é deste modo que o homem apreende os conhecimentos que adquire. O problema torna-se mais complexo se lembrarmos que a humanidade fala várias línguas, e, portanto, Deus precisava expor seus conceitos infinitos em uma linguagem básica, para que depois fossem vertidos para os outros idiomas falados pelos homens. Além disso, o processo da comunicação divina é dificultado pelo fato de que muitas palavras, expressões e costumes mudaram durante os 3500 anos que decorreram desde que ele começou a revelar seus pensamentos e vontade aos homens, num registro escrito. 

Portanto, será necessário lançar mão de um determinado sistema de comunicação para que se tenha a certeza de que aquilo que Deus disse ou deu a entender há tanto tempo, é exatamente o que as versões atuais da Bíblia dizem ao homem moderno. Este método é conhecido como Hermenêutica. É um recurso lógico, acadêmico e seguro de nos certificarmos de que o homem moderno entenda perfeitamente a mensagem que Deus se propõe a transmitir-lhe. As regras de hermenêutica que damos a seguir servem para orientar os estudantes da Bíblia, de qualquer época, para que saibam manejar bem "a palavra da verdade".

REGRAS DE HERMENÊUTICA

1. Aceitar a Bíblia literalmente
Muito dano tem sido causado por aqueles que procuram espiritualizar a Bíblia, ao invés de interpretá-la literalmente. Quando alguém nos escreve uma carta, não procuramos espiritualizar seu conteúdo, mas aceitamos literalmente o que ela nos diz. O mesmo critério deve ser aplicado à Bíblia. Contudo, existem algumas passagens bíblicas que devem mesmo ser espiritualizadas. A questão, portanto, é: "Como saber quais as passagens que devem ser espiritualizadas, e quais as que não devem?" A melhor resposta que conheço para esta pergunta é a Regra Áurea da interpretação, que foi dada pelo falecido teólogo David L. Cooper:  Quando a passagem tem um sentido claro, e se harmoniza com nosso senso comum, ma devemos procurar outra explicação, mas aceitar cada palavra em seu significado original, a não ser que os fatos do contexto indiquem o contrário.

Será muito pouco provável errarmos na interpretação bíblica se procurarmos partir sempre de uma interpretação literal. Por exemplo: quando a Bíblia diz: "fogo e enxofre caíram dos céus", isto significa que realmente fogo e enxofre caíram sobre a terra. Entretanto, quando a Bíblia diz que a lua se tornou em sangue, isto não significa que se tornou em sangue, mas que tomou uma cor semelhante a sangue. Uma boa regra para se seguir é tentar uma interpretação literal. Mas, se está claro que este não é o caso, então, em último recurso, devemos interpretar a passagem espiritualizando-a.

2. Manter-se dentro do contexto
É sempre bom usar versos das Escrituras para provar um ensino ou princípio; mas é importante lembrarmos que não podemos retirar nenhum verso de seu contexto; se assim fizermos, o que acontecerá é que, como já vimos anteriormente, em vez de aquele texto ser uma prova, ele se torna pretexto.

3. Estar atento às expressões idiomáticas
'Toda língua contém suas próprias expressões idiomáticas. Aliás, o estudo das expressões idiomáticas de uma língua é um dos mais complexos. Já pensou o leitor como será difícil para as pessoas que desconhecem a língua inglesa, por exemplo, entenderem uma expressão como: "Foi salvo pela pele do dente"? ("Foi salvo por um triz.") 

Outro fator que dificulta o uso de tais expressões é que elas se modificam de uma geração para outra. Os bons comentários bíblicos, em geral, indicam as expressões idiomáticas, e esclarecem seu significado na época em que foram escritas.

4. Estar atento ao uso da linguagem figurada
Quando um autor não usa linguagem literal, ele geralmente apela para as figuras de linguagem. Fazemos isso em nossa língua, e o leitor, provavelmente, conhece os cinco tipos mais comuns: metáfora, símile, analogia, hipérbole e antropomorfismo.

(1) Metáfora – a metáfora é um recurso pelo qual comparamos dois elementos, identificando-os um com o outro. Geralmente, um dos elementos é claro e facilmente reconhecido, servindo para esclarecer o outro. Deste modo, ensinamos um conceito desconhecido, partindo de um que é conhecido. Por exemplo: Em Mateus 5:13, Jesus diz: "Vós sois o sal da terra." Queria dizer que assim como o sal têm a função de conferir sabor aos alimentos, assim também os cristãos devem ter a função de influenciar moralmente a sociedade.   É justamente o emprego da metáfora que conduz à espiritualização de certas passagens, pois a maioria das metáforas é símbolo. A mais importante metáfora das Escrituras é a de Lucas 22:19,20, onde Jesus toma o pão e diz: "Isto é o meu corpo oferecido por vós." O pão era pão; não o corpo de Jesus. Obviamente era um símbolo de seu corpo. O mesmo podemos dizer do vinho quando ele afirma: "Este é o cálice da nova aliança no meu sangue." Não bebemos o sangue de Cristo quando tomamos o vinho; na verdade, tomamos o suco da uva que simboliza o seu sangue. Para o leitor meticuloso que deseja sempre interpretar as Escrituras literalmente, o uso de metáforas não deverá se constituir em problema, pois, em geral, elas são muito explícitas.

(2) Símiles – um símile é uma comparação feita entre dois elementos, geralmente com o emprego das palavras "como" e "assim" que determinam a comparação. Por exemplo, o Senhor diz em Mateus 10.16: "Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos". O símile está claro; ele compara os crentes a ovelhas e os falsos mestres a lobos. Este símile é básico, e é utilizado muitas vezes na Bíblia. Nesse caso, também, não são difíceis de serem identificados.

(3) Analogia – a analogia é uma comparação entre dois elementos, em que um explica o outro. Em geral, a analogia é empregada como recurso de argumentação. Por exemplo, em 1 Coríntios 1:18, Paulo diz: "Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus." 

(4) Hipérbole – a hipérbole consiste numa comparação exagerada para se ensinar um conceito. Por exemplo: em Mateus 7:3, o Senhor diz: "Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?" É óbvio que ninguém pode ter uma trave no olho, mas esta hipérbole chama nossa atenção, através do exagero, para os trágicos resultados da critica maldosa.

(5) Antropomorfismo – esta palavra, aparentemente difícil, significa simplesmente atribuir características humanas a Deus. A Bíblia ensina que Deus é Espírito, e conseqüentemente não tem corpo. Mas é impossível para o homem entender o Espírito. Portanto, foi necessário que Deus utilizasse as características do corpo humano para descrever-se; por isso é que ouvimos falar dos "ouvidos do Senhor", ou da "voz de Deus", ou da "mão do Senhor". Deus nos ouve, nos fala e nos sustém, mas não possui olhos, mãos e ouvidos, como nós. Entretanto, à sua maneira ele faz a mesma coisa. Por isso, ele usa as características finitas do homem, que nós compreendemos com clareza, para descrever suas características infinitas, que de outro modo não poderíamos compreender. Contudo, é errado deduzir, como fazem algumas pessoas, que Deus tem mãos e ouvidos como os homens.

5. Interpretar as parábolas de modo diferente
A parábola é uma história que descreve circunstâncias celestiais através de ilustrações terrenas. A melhor maneira de explicar a necessidade do ensino parabólico, é sugerir que cada um se imagine como missionário a uma tribo indígena, que nunca viu eletricidade, nem refrigeração, nem qualquer outra das nossas invenções modernas. Como descreveríamos para aquelas pessoas dali os aparelhos elétricos que utilizamos na cozinha? Teríamos que lançar mão de conceitos pertinentes à sua esfera de conhecimentos, e apresentá-los como figuras parabólicas, a fim de podermos transmitir o conceito desejado. O mesmo se aplica ao ensino de uma verdade celestial ou divina. 

Jesus Cristo foi um perito no emprego de parábolas. Muitas de suas parábolas iniciam com as palavras: "O reino dos céus é semelhante a..." ou "Um certo homem foi a um país distante..." Na interpretação das parábolas, muitas pessoas exageram, isto é, tentam explicar todos os detalhes, dando-lhes um significado especial. Agindo assim, muitas vezes, anulam o ensino básico da parábola. As parábolas são ilustrações. E do mesmo modo que utilizamos ilustrações para ensinar um conceito com uma verdade central, as parábolas divinas também possuem esta verdade central.    Mas é possível distorcermos uma ilustração até ao ponto de modificarmos suas verdadeiras características, quando tentamos aplicar a todos os seguimentos dela uma intenção específica. Por esta razão, devemos contentar-nos em descobrir o ensino central da parábola e ater-nos a ele.

Estas cinco regras de hermenêutica não são as únicas que existem, mas são as que devemos conhecer bem, pois são as que encontraremos com maior freqüência. Você verá que a aplicação delas ao estudo bíblico resultará numa interpretação acurada da mensagem divina.


(Créditos do texto, devidamente mencionados no início da postagem            ...segue...)  

30 dicas para Vencer (Em nome de Jesus)

1.Pense da forma como Deus pensa. (1 Coríntios 2:9), O que ninguém viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso que Deus preparou para aqueles que o amam.


2.Desenvolva uma visão de Vitória. (Isaias 43:19) Pois agora vou fazer uma coisa nova, que logo vai acontecer, e, de repente, vocês a verão.


3.Tenha um plano.(Provérbios 16:3). Peça a Deus que ele abençoe seus planos e eles darão certo.


4.Declare o que você busca.(Isaias 45:21).Falem logo e apresentem suas razões, consultem uns aos outros, se quiserem.


5.Permaneça forte mesmo nas adversidades. (Efésios 6:13) Por isso peguem agora a armadura que Deus lhe dá. Assim quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar.


6.Esteja sempre alegre. (Neemias 8:10) Vão agora para casa e façam uma festa. Repartam sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado. Este dia é sagrado para o nosso Deus, portanto, não fiquem tristes.


7.Você foi escolhido. (Jeremias 1:5) Antes do seu nascimento, quanto você ainda estava no ventre da sua mãe.


8.Conquiste a vitória. (Filipenses 3:13-14) É claro , irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está a minha frente. Corro direto para a linha de chegada, a fim de conseguir o prêmio da vitória.


9.Tenha a atitude de gratidão.(Efésios 4:29) Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam.


10.Supere os obstáculos. (I Coríntios 16:9) Pois encontrei aqui ótimas oportunidades para um grande e proveitoso trabalho.


11.Declare bênçãos.(Números 6:24-26) Que o SENHOR os abençoe e os guarde, que o SENHOR os trate com bondade e misericórdia. que o SENHOR olhe para vocês com amor e lhes dê a paz.


12.Desenvolva a mentalidade de recuperação. (Joel 2:25-26) Devolverei tudo o que vocês perderam quando eu mandei as enormes nuvens de gafanhotos, que, como exércitos destruíram as colheitas.


13.Mantenha o foco no futuro. (Hebreus 10:35). Portanto, não percam a coragem, pois ela traz uma grande recompensa.


14.Alimente sua fé.(1 João 5:4). Porque todo filho de Deus pode vencer o mundo. Assim, com a nossa fé conseguimos vitória sobre o mundo.


15.Viva para caridade.(Lucas 6:38). Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos.


16. Viva pelo Espírito Santo. (Gálatas 5:16).Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana.


17.Libere o passado (Filipenses 3:13-14) É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço tudo aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória.


18.Filtre seus pensamentos (Salmos 101:4) Afastarei de mim pensamentos desonestos e não terei nada a ver com a maldade.


19.Fique firme. (Êxodo, 14:13)Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o SENHOR vai salvá-los hoje.


20.Harmonize sua vida. (Sabedoria de Salomão 1:6) A Sabedoria é um espírito que ama a humanidade e ela não perdoa a pessoa que diz blasfêmias. Pois Deus vê os sentimentos mais íntimos de todos, ele conhece bem o que as pessoas pensam.


21. Espere bênçãos. (Salmos 84:12) o SENHOR Deus é a nossa luz e o nosso escudo. Ele ama e honra os que fazem o que é certo e lhes dá tudo o que é bom.


22.Perdoe dores passadas. (Efésios 4:31-32). Abandonem toda a amargura, todo ódio e toda raiva. Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo , perdoou vocês.


23.Cuide de sua imagem. (Provérbios 23:7). Não se mate de trabalhar, tentando ficar rico, nem pense demais nisso.


24.Evite coisas más. (Tiago 3:16-17) Pois onde há inveja e egoísmo, há também confusão e todo tipo de coisas más. A sabedoria que vem do céu ;e antes de tudo pura , e é também pacífica, bondosa e amigável.


25.Descanse e aguarde (Habacuque 2:3). Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra; porém ela se cumprirá sem falta. O tempo certo vai chegar logo, portanto, espere, ainda que pareça demorar, pois a visão virá no momento exato.


26.Espere o melhor de Deus. (Isaias 40:31). Mas os que confiam no SENHOR recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.


27. Seja você mesmo (Efésios 2:10) Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Jesus Cristo, ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós.


28. Deixe Deus ser sua defesa. (Hebreus 10:30). O SENHOR julgará o seu povo.


29.Seja vigilante. (Provérbios 4:23). Tenha cuidado com o que você pensa, pois sua vida é dirigida pelos seus pensamentos.


30.Louve a Deus. (Salmos 44:7-8) não é no meu arco que eu confio, e não é a minha espada que me dá a vitória, pois foste tu que me livras-te dos nossos inimigos e venceste aqueles que nos odeiam. Nós te louvaremos o dia todo; nós te somos gratos para sempre.


Autor desconhecido

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