quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Bíblia responde: A OPÇÃO DE DAVI

"Foram propostos a Davi sete anos de fome, conforme 2 Samuel 24.13, ou três anos, de acordo com 1 Crônicas 21.22?"

Devemos, em princípio, notar que entre uma narrativa e outra, muito tempo decorreu e que a semelhança entre as letras hebraicas "zain" e "vav" que correspon¬dem aos números sete e três respectiva¬mente, pode ter gerado uma discordância na tradução, tanto mais que as Crônicas podem ter sido baseadas em escritos ante¬riores e não na redação de textos exclusivos. Essa observação, a nosso ver, não de¬ve, contudo, ser tomada ao pé da letra para que não se incorra na negação da inspira¬ção divina das Sagradas Escrituras e na sua autoridade. "O número sete tem uma posição eminente entre os números sagrados da Bíblia e está associado com algo completo, com cumprimento, com perfei¬ção" (Novo Dicionário da Bíblia -Douglas). A sua citação em 2 Samuel, parece incutir a idéia de que a escolha de Davi seria conclusiva, levada por Deus ao extremo e a sua responsabilidade seria tre¬menda, por ter desagradado a Deus com um ato que até na opinião do seu general - Joabe - pareceu supérfluo, e abominável, a ponto de este omitir a contagem de duas facções: 1 Cr 21.3,6. A alma de Davi, porém, estava realmente atribulada e a sua experiência com Deus fê-lo preferir que o castigo viesse diretamente de Deus, "pois grandes são as suas misericórdias". Deve¬mos aprender com esta sua decisão que por mais penosas que nos pareçam as tribulações, elas serão atenuadas pelas misericór¬dias do Senhor. Seriam muitas as citações em que o número sete representa a perfei¬ção dos atos divinos. Quanto ao número três, citado em 1 Crônicas 21.12, além da sua fortíssima alusão à Trindade, também é associado com poderosos atos de Deus e à presteza com que os realiza ou quer reali¬zar. Aqui, o número três seria a confirma¬ção de que não somente os atos de Deus são perfeitos, mas que são atos poderosos e que Deus tem mesmo poder para executá-los, além da autoridade que vem dele mes¬mo e da sua natureza poderosa. A duplici¬dade de termos, que nos parecem discrepantes, fortalece ainda mais a inspiração das Escrituras, que afirmam a perfeição dos atos divinos e o seu fiel cumprimento em 2 Samuel e os reafirma como atos pode¬rosos e competentes nas Crônicas, escritas muitos anos depois. Embora não sendo co¬nhecido o autor dos livros de Samuel, é aceito que ele mesmo os tenha escrito e que foram completados por Gade e Nata, os quais também teriam depois escrito os dois livros de Crônicas - que originalmente eram unificados - baseados nas anotações já existentes, revistas e aumentadas, ou, pelo menos, mais aclaradas. Podemos infe¬rir do exposto que as duas citações são vá¬lidas, observando-se o ponto de vista de quem possa ter escrito e o uso que faz dos números bíblicos e seus significados.



Fonte:  A Bíblia Responde, livro este que contém, condensadas em suas páginas, aquelas respostas objetivas, bíblicas e práticas que satisfazem ao sincero desejo de milhares de irmãos, inclusive de muitos que, embora não tenham formulado por escrito suas perguntas, gostariam de que elas fossem respondidas.    Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima pesquisaram, oraram e dedicaram boa parte do seu tempo com o intuito de ajudar o grande número de leitores de "A Seara", ajuda esta agora estendida a outros milhares de leitores através desta obra.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Bíblia responde: RIQUEZAS DA INJUSTIÇA

RIQUEZAS DA INJUSTIÇA

"Como se explica a expressão 'Granjeai amigos com as riquezas da injustiça', da parábola do mordomo infiel, de Lucas 16.1-12?"

Esse versículo é. sem dúvida, de difícil interpretação. Há pontos que não serão es¬clarecidos antes que venha o Senhor pela segunda vez. É natural, que um livro como a Bíblia, escrita por inspiração, contenha coisas difíceis de se compreender. O defei¬to, contudo, não está no livro, mas em nos¬so limitado entendimento. Se não aprendemos outra coisa nesta parábola, ao me¬nos, sejamos humildes. Devemos possuir, antes de mais nada, muito cuidado, para não deduzirmos do versículo citado, dou¬trinas e preceitos que ele não ensina.

Em primeiro lugar, queremos salientar que o nosso Senhor não se refere ao mordo¬mo como um modelo de probidade; de ou¬tro modo, não lhe teria dado o epíteto de "mau". Jesus nunca autorizou a falta de honradez no comércio humano. O mordo¬mo de que tratamos enganou o seu senhor, e quebrou, assim, o oitavo mandamento. Seu amo ficou admirado da astúcia do seu servidor, quando lhe chegou ao conheci¬mento o que lhe havia feito, e louvou-o pela sua sagacidade e previsão. Porém, isso nada prova que o seu proceder lhe agradasse, e, de fato, não há uma palavra que indique a aprovação do Senhor Jesus, pois, com o vocábulo "amo" ou "senhor", a parábola não denota o Senhor Jesus, mas o amo do malfeitor. De fato, sob o ponto de vista moral cristão, o modo como agiu o mordomo não pode, de forma alguma, ser imitado por nós.

A advertência feita nesse caso é muito necessária. A má fé nos negócios é, desgra¬çadamente, muito comum em nossos dias. A honradez nos contratos é coisa rara. Em transações comerciais muitos praticam atos que a Bíblia condena. Milhares de pessoas há que, para depressa ficarem ri¬cas, cometem faltas que ofendem a equida¬de: Pv 28.28. A astúcia, a destreza em comprar, a habilidade e esperteza em ven¬der e realizar negócios de toda natureza, fazem passar despercebidas coisas que se não deveriam permitir. A classe a que per¬tencia o mordomo infiel é, contudo, nume¬rosa.

Não nos esqueçamos disto: sempre que fizermos aos outros, aquilo que não deseja¬mos que nos façam, podemos estar certos de que procedemos mal aos olhos de Cris¬to. Observa-se a lição principal que se nos prodigaliza nesta parábola: é prudente estarmos prevenidos para qualquer contra¬tempo.

O modo como se portou o mordomo infiel, quando soube que seria prejudicado seu futuro, foi, indubitavelmente, hábil e sagaz. O diminuir partes das contas do que devia ao seu senhor, era um ato de má fé, mas, sem dúvida, com ele adquiriu muitos amigos. Pervertido como era, não descurou o futuro. Desonestas como eram as providências que tomou, não deixava, contudo, o mau servidor de atender às suas próprias necessidades. Não cruzou os braços, nem deixou que a pobreza fechasse as portas de sua casa, porém meditou, raciocinou, fez seus cálculos e pô-los em execução, sem receio algum. O resultado viu-se: não ficou desamparado.

Que contraste surpreendente observa¬mos entre o proceder do mordomo infiel em referência aos interesses temporais e a maior parte dos homens a respeito das questões espirituais! É sob este ponto de vista, unicamente, que o mordomo infiel nos dá exemplo que devemos imitar. Como ele, é mister que cuidemos do nosso porvir. Como ele, é necessário que nos previnamos para o dia em que deixarmos a morada ter¬rena para entrarmos na celestial; como ele, temos de construir "um edifício nos céus", onde fixaremos o nosso lugar, quando se desfizer o tabernáculo terrestre do nosso corpo: 2 Co 5.1. Realmente, é necessário empregar todos os meios válidos ao nosso alcance, para obtermos a morada celestial.

Sob este aspecto, a parábola é altamente instrutiva. A solicitude que os homens do mundo manifestam pelos interesses dessa vida, deverá provocar vergonha aos cristãos por sua frieza muitas vezes mani¬festada para com as coisas eternas.

O zelo e a constância de que os homens negocistas dão provas, quando percorrem mar e terra para granjearem riquezas, são uma natural reprovação da indiferença e indolência que patenteiam muitos crentes a respeito dos tesouros celestiais. As pala¬vras do Senhor são verdadeiramente profundas e solenes: "... os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz", Lc 16.8.

Nosso Senhor nos ensina, com essas pa¬lavras, a sermos escrupulosos, fiéis em tu¬do, e nos previne a não pensarmos que o procedimento, em assuntos pecuniários, de conformidade com o mordomo infiel, seja coisa insignificante. Jesus quer que não nos esqueçamos de que o modo como o homem procede em relação ao "muito pou¬co", dará uma prova de sua índole e que a injustiça "no muito pouco" é grave sinto¬ma do mau estado em que se encontra o co¬ração. Sem dúvida, não nos dá a entender, nem por sombra, que a honradez em questões pecuniárias pode tornar justas as nos¬sas almas ou purificá-las dos nossos peca¬dos, porém, ensina-nos, clara e positiva¬mente, que a má fé nas transações é sinal de que o coração não é reto aos olhos de Deus.

O ensino que o Senhor nos dá há de me¬recer consideração muito séria nos tempos que correm. Parece que existem pessoas que se persuadem da possibilidade de di¬vorciar a religião verdadeira da honradez comum, e que se alguém é ortodoxo na doutrina, pouco importa que na prática use a trapaça ou o engano. As palavras de nosso Mestre são, de fato, um protesto so¬lene contra essa perniciosa idéia. Destarte, devemos velar para não cairmos em seme¬lhante erro. Defendamos com energia as doutrinas gloriosas da salvação pela graça e da justificação pela fé, porém, longe de nós supor que a verdadeira religião autoriza, de alguma forma, o menosprezo da segunda tábua da Lei. Não nos esqueçamos, nem por momentos, de que a verdadeira fé se conhece por seus frutos. Estejamos cer¬tos de que quem não é honrado, não possui a graça divina.

Por outro lado. o leitor deve entender que essa parábola não foi dirigida aos escribas e fariseus, mas aos discípulos. Estes ouviram a lição que Jesus dera aos hipócri¬tas, ouviram falar de um homem que malbaratou seu dinheiro e também de outro que havia empregado a má fé. Em sua pre¬sença, tinha-se descrito com cores vivas o pecado da libertinagem; era coerente que se lhes oferecesse agora um quadro de uma falta menos chocante - a da fraude e enga¬no.

Finalmente, podemos dizer ao leitor que três são, a nosso ver, as lições contidas nesta parábola:

• E prudente estarmos preparados para o futuro.

• É importante fazer bom uso do di¬nheiro.

• Temos de ser fiéis, mesmo nas coisas menores.

 
Fonte:  A Bíblia Responde, livro este que contém, condensadas em suas páginas, aquelas respostas objetivas, bíblicas e práticas que satisfazem ao sincero desejo de milhares de irmãos, inclusive de muitos que, embora não tenham formulado por escrito suas perguntas, gostariam de que elas fossem respondidas.   Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima pesquisaram, oraram e dedicaram boa parte do seu tempo com o intuito de ajudar o grande número de leito¬res de "A Seara", ajuda esta agora estendi¬da a outros milhares de leitores através desta obra.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A bíblia responde: Respondendo ao tolo - Fundo duma agulha - Cristo inferior ao Pai ?

RESPONDENDO AO TOLO

"Como entender o capítulo 26 de Pro¬vérbios versículos 4 e 5?"

A aparente contradição existente nes¬ses dois versículos é eliminada quando os analisamos global e minuciosamente.

Em primeiro lugar, este provérbio com seus afins, foi escrito para nos mostrar dois aspectos: a) o dilema daqueles que querem arrazoar com os que não são razoáveis; b) nós mesmos somos insensatos em poten¬cial.

Em segundo lugar, o sentido basilar destes versículos é que nada se pode fazer com os insensatos, porque quem entra em diálogo com eles, isto é, no seu próprio nível, vai solidificá-los na sua ignorância e rebaixar-se por nada: v.4. E, quem tenta elevar o nível deles por esse meio, dar-lhes-á um falso conceito de si mesmo, sem alte¬rar o seu caráter em nenhum pormenor: v.5.
 

FUNDO DUMA AGULHA

"A expressão de Mateus 19.24 'fundo duma agulha' ou 'buraco duma agulha' é literal ou simbólica?"

O contexto desse passo bíblico trata de um jovem rico que amava tanto as suas ri¬quezas que elas lhe serviam de impedi¬mento. A mensagem é clara. Os indivíduos de mentalidade materialista que conso¬mem a vida procurando adquirir bens ma¬teriais, só encontram satisfação nas rique¬zas ou na busca delas; e somente em casos raríssimos é que chegam a se importarem com as questões espirituais para encontrar a vida eterna. Porém, seria um erro apli¬carmos o texto somente aos ricos, porquan¬to o materialismo tem realizado a sua de¬vastação moral até mesmo entre os pobres. Ao falar sobre a impossibilidade desse tipo de pessoas entrarem no reino de Deus, Je¬sus pregou a ilustração que é a impossibi¬lidade de um "camelo passar pelo buraco de uma agulha". Alguns têm imaginado que o buraco de agulha referido fosse uma portinhola, no muro de Jerusalém, através do qual pudesse passar finalmente um ca¬melo, depois de muitos puxões e empurrões; outros admitem que a expressão camelo, que no grego representa uma pequena mo¬dificação de "Kamelos" para "Kamilos", trata de uma corda grossa ou um cabo, mas isso só diminuiu a impossibilidade do ato. Todavia, o grego de Mateus 19.24 e de Marcos 10.25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas 18.25 usa o termo médico que indicava uma agu¬lha usada nas operações cirúrgicas. É evi¬dente que ali não é considerada nenhuma portinhola, mas sim, o pequenino buraco de uma agulha de costura. Provavelmente era um provérbio incomum para ilustrar coisas impossíveis. O Talmude fala por duas vezes de um elefante para o qual é impossível passar pelo buraco de uma agu¬lha. Por conseguinte, quem quer que ame as riquezas, a ponto de isso impedi-lo de confiar em Jesus Cristo como Salvador, es¬tá na impossibilidade de ser salvo.

Em resposta à pergunta feita pelos dis¬cípulos: "Então quem pode ser salvo?" Jesus respondeu: "Os impossíveis dos ho¬mens são possíveis para Deus", Lc 18.27. Nessa frase, as palavras "dos" e "para" são uma só no original, cujo sentido literal é "ao lado". Tome-se o lado do homem, na questão das riquezas, e torna-se-á impossí¬vel a salvação. Porém,-tome-se o lado de Deus sobre a questão e a impossibilidade anterior se transformará em possibilidade.


CRISTO INFERIOR AO PAI?

"Se Jesus é Deus, como está escrito em João 14.28 por que o Pai é maior do que Ele?"

Esta aparente contradição não significa qualquer problema. A Bíblia afirma que Jesus é o verdadeiro Deus, na primeira epístola de João. E há muitas outras inferências e referências. Mas, também a Bíblia se refere expressamente às duas na¬turezas de Cristo: a humana e a divina. É no tocante à natureza humana que Jesus disse ser o Pai maior do que Ele. Graças a Deus pela plena harmonia das Escrituras.
 


Fonte: A Bíblia Responde, livro este que contém, condensadas em suas páginas, aquelas respostas objetivas, bíblicas e práticas que satisfazem ao sincero desejo de milhares de irmãos, inclusive de muitos que, embora não tenham formulado por escrito suas perguntas, gostariam de que elas fossem respondidas. Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima pesquisaram, oraram e dedicaram boa parte do seu tempo com o intuito de ajudar o grande número de leitores de "A Seara", ajuda esta agora estendida a outros milhares de leitores através desta obra.

domingo, 10 de abril de 2011

A bíblia responde: quem apareceu a Saul ?

QUEM APARECEU A SAUL?

"Quem foi que apareceu a Saul em 1 Samuel 28.7-25?"

Preliminarmente, ressaltamos, que o capítulo 28 de 1 Samuel, a começar do seu versículo 7 até o 25, foi escrito por uma tes¬temunha ocular; logo, por um dos servos de Saul que o acompanhou à necromante: vv.7,8. Freqüentemente, esses servos eram estrangeiros e quase sempre supersticiosos, crentes no erro - razão por que o seu estilo é tão convincente. Esta crônica que é parte da história de Israel, pela determinação di¬vina, entrou no Cânon assim como os dis¬cursos dos amigos de Jó (42.7), as afirma¬ções do autor de "debaixo do sol" (Ec 3.19) e a fala da mulher de Tecoa (2 Sm 12.2-21), que são palavras e conceitos mera¬mente humanos. A confusão gerada pelo assunto exposto no texto é porque foi ana¬lisado o ponto de vista do servo de Saul. Todavia, sobre a questão se Samuel falou ou não com Saul, a Bíblia é bem clara e tem argumentos definidos para desmentir todas e quaisquer afirmações hipotéticas e asseverações parapsicológicas a seu respei¬to. Examinaremos alguns desses argumen¬tos e veremos a impossibilidade de ter sido Samuel a pessoa com quem falou Saul:1

1. Argumento gramatical (v.6): "... o Senhor... não lhe respondeu". O verbo hebraico é completo e categórico. Na con¬dição que Saul estava, Deus não lhe responderia e não lhe respondeu. O fato é con¬firmado pela frase: "... Saul... interrogara e consultara uma necromante e não ao Se¬nhor...", 1 Cr 10.13,14.

2. Argumento exegético: v.6. Nem por Urim - revelação sacerdotal (w.14,18), nem por sonhos - revelação pessoal, nem por profetas - revelação inspiracional da parte de Deus. Fosse Samuel o veículo transmissor, seria o próprio Deus respondendo, pois Samuel não podia falar senão por inspiração. E, se não foi o Senhor, não foi Samuel.

3. Argumento ontológico. Deus se iden¬tifica como Deus dos vivos: de Abraão, de Isaque, de Jacó: Êx 3.15; Mt 22.32. Ne¬nhum deles perdeu a sua personalidade e sua integridade. Seria Samuel o único a poluir-se, contra a natureza do seu ser, contra Deus e contra a doutrina que ele mesmo pregara (1 Sm 15.23), quando em vida nunca o fez? Impossível.

4. Argumento escatológico. O pecado de Samuel tomar-se-ia mais grave ainda, por ter ele estado no "seio de Abraão", ten¬do recebido uma revelação superior e co¬nhecimento mais exato das coisas encober¬tas, e não tê-las considerado, nem obedeci¬do às ordens de Deus: Lc 16.27-31. Mas Sa¬muel nunca desobedeceu a Deus: 1 Sm 12.3,4.

5. Argumento doutrinário. Consultar os "espíritos familiares" é condenado pela Bíblia inteira. Logo, aceitando a profecia do pseudo-Samuel, cria-se uma nova dou¬trina, que é a revelação divina mediante pessoas ímpias e polutas. E, além disso, para serem aceitas as afirmações proféti¬cas como verdades divinas, é necessário que sejam de absoluta precisão; o que não acontece no caso presente.

6. Argumento profético: Dt 18.22. As profecias devem ser julgadas: 1 Co 14.29. E essas do pseudo-Samuel não resistem ao exame. São ambíguas, imprecisas e infun¬dadas. Vejamos: a) Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus (1 Sm 28.19), mas se suicidou (1 Sm 31.4) e veio parar nas mãos dos homens de Jabes-Gileade: 1 Sm 31.11,13. Infelizmente, o pseudo-Samuel não podia prever este detalhe; b) não morreram todos os filhos de Saul ("... tu e teus filhos", 1 Sm 28.19) como insipua essa ou¬tra profecia obscura. Ficaram vivos pelo menos três filhos de Saul: Isbosete (2 Sm 2.8-10), Armoni e Mefibosete: 2 Sm 21.8. Apenas três morreram, como anotam clara e objetivamente as passagens seguintes: 1 Sm 31.26 e 1 Cr 10.2-6; c) Saul não morreu no dia seguinte ("... amanhã... estareis co¬migo", 1 Sm 28.19). Esta é uma profecia do tipo délfico, ambígua. Saul morreu cer¬ca de dezoito dias depois: 1 Sm 30.1,10,13,17; 2 Sm 1.13. Afirmar que a pa¬lavra hebraica "mahar" (amanhã), aqui, é de sentido indefinido, é torcer o hebraico e a sua exegese, pois todos vão morrer mes¬mo, em "algum dia" no futuro, isto não é novidade; d) Saul não foi para o mesmo lugar que Samuel ("... estareis comigo", 1 Sm 28.19). Outra profecia inversossímil: interpretar o "comigo" por simples "além" (Sheol), é tergiversar. Samuel estava no "seio de Abraão", sentia isso e sabia a diferença que existe entre um salvo e um per¬dido. Jesus também o sabia, e não disse ao ladrão que estava na cruz: "Hoje estarás comigo no além (Sheol)", mas sim no "Paraíso". Logo, Samuel não podia ter dito a Saul que este estaria no mesmo lugar que ele: no "seio de Abraão". Porque com o ato abominável e reprovado de Saul em con¬sultar uma feiticeira e não ao Senhor, foi completamente anulada a sua possibilida¬de de ir para o mesmo lugar de Samuel - o "seio de Abraão".

Ainda notamos este absurdo, analisan¬do a palavra "médium" (heb), que é traduzida em outras versões por "espírito adivinhador" ou "espírito familiar" e no texto grego (LXX) por "engastrimuthos", que significa ventríloquo, isto é, um de fala diferente, palavra que indica a espécie de pessoa usada por um desses espíritos.

Assim concluímos que:

• Não foi Samuel quem apareceu e fa¬lou com Saul, mas sim um espírito de¬moníaco.

• Nenhum morto por invocação huma¬na pode aparecer ou falar com alguém, e quanto mais Samuel.

• Todas as predições do pseudo-Samuel estavam deturpadas. Nada se cumpriu. Isto é um verdadeiro contra-senso, visto que, Samuel quando em vida, "nenhuma só das suas palavras caiu por terra". 1 Sm 3.19.

• Quem pratica tais coisas, a saber, in¬voca os mortos, consulta necromantes, es¬tá sendo logrado pelas artimanhas de Satanás.

• Deus é Deus dos vivos e não dos mor¬tos: Mt 22.32. Assim, aqueles que invocam os mortos estão indo de encontro a essa lei básica e bíblica.

• Não existe, portanto, neste trecho ne¬nhuma similaridade ou abertura para supostos fundamentos de doutrinas heréti¬cas. Ademais, todos esses argumentos pro¬vam categoricamente a impossibilidade de tais pensamentos. A Bíblia é a verdade.


Fonte:  A Bíblia Responde, livro este que contém, condensadas em suas páginas, aquelas respostas objetivas, bíblicas e práticas que satisfazem ao sincero desejo de milhares de irmãos, inclusive de muitos que, embora não tenham formulado por escrito suas perguntas, gostariam de que elas fossem respondidas.    Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima pesquisaram, oraram e dedicaram boa parte do seu tempo com o intuito de ajudar o grande número de leitores de "A Seara", ajuda esta agora estendida a outros milhares de leitores através desta obra.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Bíblia responde: Predestinação

PREDESTINAÇÃO

"Na sua onisciência, Deus predestina¬ria um número exato de pessoas para ser condenado e outro para descansar eterna • mente? Teria cada homem seu destino traçado?"

Acreditamos que Deus, na sua onis¬ciência, por meio de leis científicas e matemáticas, sabe quantos vão vencer a bata¬lha da fé e terminar triunfantes na eterna glória, porém, isso nada tem a ver com a predestinação fatalista: Jo 17.5.

No que tange à predestinação, ela se baseia, em essência, no "conhecimento anterior" de Deus, no sentido de que o seu "amor eterno" e preocupação e interesse pelos crentes é que está em foco. Aqueles sobre quem fixou seu coração de antemão, portanto, são aqueles que se tornaram o alvo de seu decreto determinador.

Esse decreto determinador não é um mero pronunciamento judicial, mas é, sem dúvida, acompanhado por um poder orien¬tador e criador, através do Espírito Santo, que garante o cumprimento do propósito de Deus.

O grande alvo da predestinação é a chamada dos crentes dentro do tempo, e o resultado de ambas as coisas é a transfor¬mação do crente segundo a imagem de Cristo, tanto moral (no que tange à partici¬pação do crente na própria santidade de Deus, tal como Cristo dela participa), como metafísica (no que convence a natu¬reza essencial de Cristo).

Não existe, portanto, predestinação para a condenação. Por exemplo: O caso do endurecimento do coração de Faraó, por dez vezes consecutivas, a Bíblia diz que ele mesmo se endureceu contra a ordem de Deus (Êx 7.13; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 13.15; 14.22), e dez vezes lemos que Deus o endu¬receu: Êx 4.21; 7.3; 9.12; 10.20,27; 11.10; 14.4,8,17.

Theodoret assim explica o caso: "O sol, pelo seu calor, torna a cera mole e o barro duro, endurecendo um, amolecendo outro, produzindo pela mesma ação resultados contrários. Assim a longanimidade de Deus faz bem a alguns e mal a outros; al¬guns são amolecidos e outros endurecidos". Contudo, cremos que esse amolecimento ou esse endurecimento vêm daquilo que o homem apresenta a Deus: um coração contrito, ou orgulhoso.

Deus não endurece o coração de um in¬divíduo, necessariamente com uma inter-venção sobrenatural; o endurecimento pode ser produzido pelas experiências nor¬mais da vida, operando através dos princí¬pios e do caráter da natureza humana, que são determinados por Ele. Esta verdade é profundamente hebraica. Um exemplo se¬melhante desta forma hebraica de pensa¬mento encontra-se em Marcos 4.12, onde Jesus apresenta sua razão para ensinar a verdade sob a forma de parábola. -

Em outras palavras, apesar de a Bíblia declarar que Deus predestina para a vida, para a transformação segundo a imagem de Cristo e para a santidade, isso não quer dizer que Ele predestine algumas pessoas para a condenação conforme os teólogos calvinistas mais radicais têm imaginado. Deus predestina segundo a sua presciência: 1 Pe 1.2.

As Escrituras denominam tão-somente os crentes de eleitos, chamados, escolhidos e predestinados, mas sempre relacionados com a sua posição em Cristo, como as varas na videira. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo", 2 Co 5.17; "Todo aquele que crer em Jesus, e pela fé permanece nele tem a vida eterna e não entrará em condenação", Jo 15; Rm 8.28-30.

O fatalismo e a predestinação absoluta nunca fizeram parte da doutrina e tradição apostólica, e são comuns às seitas heréti¬cas que se consideram favoritas da divin¬dade e responsáveis pelo desinteresse, frus¬tração e miséria de muitos indivíduos, po¬vos e igrejas.

Analisando a idéia do destino na lin¬guagem popular, vemos que significa uma forma sobrenatural, indomável e irresistí¬vel, da qual não podemos fugir e que limita a nossa liberdade e vontade.

Por ser uma maneira muito cômoda de pensar e de agir, é ela perfilhada por várias religiões e filosofias (fatalismo) e até por confissões religiosas (predestinação abso¬luta), mas sem base no ensino das Sagra¬das Escrituras.

Desde épocas imemoriais o homem tem tido o hábito de acumular na lembrança, através da sua agitada existência, peque¬nos fracassos, desventuras e fatalidades, e com elas construiu um monstro a que deu o nome de "destino", que compreende como uma determinação imutável, esquecendo as inúmeras bênçãos, vantagens e vitórias alcançadas sobre a adversidade.

Sendo o destino o fim para que tende qualquer ação, o lugar a que se dirige a pessoa ou objetivo em causa, está ele sujei¬to às leis espirituais e materiais que regem o universo.

Assim, a vida é composta de bons e maus sucessos, em conformidade com o tempo, o local, o ambiente, a experiência e a atitude do indivíduo em relação a esses elementos. Cada homem tem, pois, que procurar, na prática de uma boa consciên¬cia, o caminho da verdade e do dever, se¬jam quais forem as conseqüências da sua determinação.

Está escrito na Bíblia que só Deus é realmente bom, não pode ser melhor do que é visto ser a personificação do Amor: Lc 18.19; 1 Jo 4.8. Como pessoa livre, per¬feita e justa, criou o homem à sua imagem e tornou-se o alvo de toda a dedicação: Gn 1.26,27; SI 8. Como podia Deus fazer acep¬ção dentre as suas criaturas e determinar-lhes destinos diferentes, senão aqueles que eles próprios como seres livres e feitos a se¬melhança da mesma divindade, desejarem de "motu próprio" trilhar? Rm 2.11-16; 10.12-17.

Deus não apenas seria imperfeito, mas também a encarnação da matéria e malda-de, se nos induzisse a acreditar no Evangelho para nossa salvação, quando afinal já determinara que nos havíamos de perder ou salvar.

Portanto, nenhum homem, grupo ou organização tem privilégios diante de Deus, a não ser aquele que aceita Jesus como Salvador. Porque Deus não faz acep¬ção de pessoas, e muito menos predetermi¬na, para certos grupos, um juízo, um desti¬no cruel na eternidade. Sobre o assunto a Bíblia diz: "Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio mas em que o ímpio se converta do seu ca¬minho, e viva: convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis?" Ez 33.11a; "Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais", Jr 29.11.


Fonte:    A Bíblia Responde, livro este que contém, condensadas em suas páginas, aquelas respostas objetivas, bíblicas e práticas que satisfazem ao sincero desejo de milhares de irmãos.   Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima pesquisaram, oraram e dedicaram boa parte do seu tempo com o intuito de ajudar o grande número de leitores de "A Seara", ajuda esta agora estendida a outros milhares de leitores através desta obra.



30 dicas para Vencer (Em nome de Jesus)

1.Pense da forma como Deus pensa. (1 Coríntios 2:9), O que ninguém viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso que Deus preparou para aqueles que o amam.


2.Desenvolva uma visão de Vitória. (Isaias 43:19) Pois agora vou fazer uma coisa nova, que logo vai acontecer, e, de repente, vocês a verão.


3.Tenha um plano.(Provérbios 16:3). Peça a Deus que ele abençoe seus planos e eles darão certo.


4.Declare o que você busca.(Isaias 45:21).Falem logo e apresentem suas razões, consultem uns aos outros, se quiserem.


5.Permaneça forte mesmo nas adversidades. (Efésios 6:13) Por isso peguem agora a armadura que Deus lhe dá. Assim quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar.


6.Esteja sempre alegre. (Neemias 8:10) Vão agora para casa e façam uma festa. Repartam sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado. Este dia é sagrado para o nosso Deus, portanto, não fiquem tristes.


7.Você foi escolhido. (Jeremias 1:5) Antes do seu nascimento, quanto você ainda estava no ventre da sua mãe.


8.Conquiste a vitória. (Filipenses 3:13-14) É claro , irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está a minha frente. Corro direto para a linha de chegada, a fim de conseguir o prêmio da vitória.


9.Tenha a atitude de gratidão.(Efésios 4:29) Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam.


10.Supere os obstáculos. (I Coríntios 16:9) Pois encontrei aqui ótimas oportunidades para um grande e proveitoso trabalho.


11.Declare bênçãos.(Números 6:24-26) Que o SENHOR os abençoe e os guarde, que o SENHOR os trate com bondade e misericórdia. que o SENHOR olhe para vocês com amor e lhes dê a paz.


12.Desenvolva a mentalidade de recuperação. (Joel 2:25-26) Devolverei tudo o que vocês perderam quando eu mandei as enormes nuvens de gafanhotos, que, como exércitos destruíram as colheitas.


13.Mantenha o foco no futuro. (Hebreus 10:35). Portanto, não percam a coragem, pois ela traz uma grande recompensa.


14.Alimente sua fé.(1 João 5:4). Porque todo filho de Deus pode vencer o mundo. Assim, com a nossa fé conseguimos vitória sobre o mundo.


15.Viva para caridade.(Lucas 6:38). Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos.


16. Viva pelo Espírito Santo. (Gálatas 5:16).Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana.


17.Libere o passado (Filipenses 3:13-14) É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço tudo aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória.


18.Filtre seus pensamentos (Salmos 101:4) Afastarei de mim pensamentos desonestos e não terei nada a ver com a maldade.


19.Fique firme. (Êxodo, 14:13)Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o SENHOR vai salvá-los hoje.


20.Harmonize sua vida. (Sabedoria de Salomão 1:6) A Sabedoria é um espírito que ama a humanidade e ela não perdoa a pessoa que diz blasfêmias. Pois Deus vê os sentimentos mais íntimos de todos, ele conhece bem o que as pessoas pensam.


21. Espere bênçãos. (Salmos 84:12) o SENHOR Deus é a nossa luz e o nosso escudo. Ele ama e honra os que fazem o que é certo e lhes dá tudo o que é bom.


22.Perdoe dores passadas. (Efésios 4:31-32). Abandonem toda a amargura, todo ódio e toda raiva. Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo , perdoou vocês.


23.Cuide de sua imagem. (Provérbios 23:7). Não se mate de trabalhar, tentando ficar rico, nem pense demais nisso.


24.Evite coisas más. (Tiago 3:16-17) Pois onde há inveja e egoísmo, há também confusão e todo tipo de coisas más. A sabedoria que vem do céu ;e antes de tudo pura , e é também pacífica, bondosa e amigável.


25.Descanse e aguarde (Habacuque 2:3). Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra; porém ela se cumprirá sem falta. O tempo certo vai chegar logo, portanto, espere, ainda que pareça demorar, pois a visão virá no momento exato.


26.Espere o melhor de Deus. (Isaias 40:31). Mas os que confiam no SENHOR recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.


27. Seja você mesmo (Efésios 2:10) Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Jesus Cristo, ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós.


28. Deixe Deus ser sua defesa. (Hebreus 10:30). O SENHOR julgará o seu povo.


29.Seja vigilante. (Provérbios 4:23). Tenha cuidado com o que você pensa, pois sua vida é dirigida pelos seus pensamentos.


30.Louve a Deus. (Salmos 44:7-8) não é no meu arco que eu confio, e não é a minha espada que me dá a vitória, pois foste tu que me livras-te dos nossos inimigos e venceste aqueles que nos odeiam. Nós te louvaremos o dia todo; nós te somos gratos para sempre.


Autor desconhecido

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