segunda-feira, 31 de maio de 2010

Para onde você vai?


Cedo ou tarde, toda pessoa que raciocina ficará curiosa em saber para onde irá depois da morte e onde passará a eternidade.

Ao buscar respostas para as questões mais importantes da vida, a escolha se reduz a duas possibilidades: a opinião humana ou a Palavra de Deus.

A opinião humana certamente não está qualificada para nos dar as respostas. Assim como os rostos das pessoas são tão diferentes, assim também as suas opiniões.

A Bíblia afirma ser inspirada por Deus. Isso significa que suas palavras são as palavras de Deus. Se não fossem, ela seria uma fraude!

Na literatura ao longo dos séculos a Bíblia se sobressai sem paralelo; ela é singular. Todos os que experimentaram seu poder transformador em suas vidas dificilmente negarão que ela é a Palavra do Deus vivo.

A Bíblia afirma que a morte é certa, pois “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9.27). Quem poderia questionar essa realidade? A morte é inevitável.

A Bíblia também fala que há somente dois lugares onde a pessoa poderá passar a eternidade – o céu ou o inferno.

Mas antes de saber como alcançar a vida eterna precisamos falar sobre o pecado.   A Bíblia diz que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Ela também afirma que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e não peque.

Mas aí surge um problema: Deus é santo!   Ele sempre faz o que é absolutamente justo e bom. Ele não pode tolerar o pecado, não pode fazer concessões, nem passar por cima ou fingir que não vê.

O dilema divino é este: Deus ama o pecador. Ele não tem prazer na morte do pecador e não quer que alguém pereça. Então, como Deus pode manifestar Seu amor e ainda permanecer justo? Como pode salvar pecadores e continuar sendo santo?

A maioria das pessoas pensa que a salvação é alcançada pelas boas obras, fazendo o seu melhor, vivendo uma vida decente ou tendo boas intenções.

Mas a Bíblia diz que todas as nossas justiças são como trapos de imundícia    (veja Isaías54.6).

Não são nossas obras de justiça que contam, mas que Ele nos salvou pela Sua misericórdia. A salvação é um presente de Deus, que não merecemos: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).

Deus enviou Seu Filho amado ao mundo para buscar e salvar o que se havia perdido. Jesus Cristo foi para a cruz do Calvário para morrer em nosso lugar. “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8).

Ele morreu a morte que nós merecíamos. Ele morreu pelos nossos pecados.

Mas como sabemos que a obra de Cristo, como nosso Substituto, foi suficiente para Deus, o Pai? Sabemos porque Ele levantou o Senhor Jesus dentre os mortos no terceiro dia. A ressurreição foi a prova definitiva de que Cristo realizou tudo o que era necessário para a nossa salvação – e que Deus aceitou Seu sacrifício.

A obra do Senhor Jesus na cruz é suficiente para a salvação de todos, mas ela se torna eficaz somente para aqueles que O aceitarem como seu Substituto.

Deus não está comprometido em levar ao céu pessoas que nem querem estar lá.

O momento atual é o único momento garantido. Deus diz: “eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2 Coríntios 6.2b).

Venha a Jesus assim como está! Creia que Ele morreu na cruz por você. Aceite-O como seu Senhor e Salvador e como o único caminho para entrar no céu. Confie na promessa de Deus:   “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Por que com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação” (Romanos 10.9-10).


Extraído do livro Destino Final, de William MacDonald.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Por que temos que aceitar Jesus em nossas vidas?

(. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . )

Quando Deus criou o mundo (está em Gênesis 1), Ele criou o homem à sua imagem e semelhança. Ou seja, quando olhamos para você, nos lembramos de Deus, quando você olha para nós, você se lembra de Deus. E Deus criou o ser humano para adorá-Lo e amá-Lo.

Porém a serpente, o nosso arqui-inimigo, o diabo, entrou no mundo para semear dúvida no ser humano com o intuito de destruí-lo.

Foi isto que ele fez com Eva e Adão, induzindo-os a desobedecer a Deus e serem expulsos do paraíso. Neste momento, o ser humano foi destituído da glória de Deus e passou a viver sob o domínio do diabo. E Deus não pode forçar o homem a adorá-lo novamente, porque Deus deu a livre escolha ao homem e portanto, Deus é justo até neste momento.

Por causa deste domínio do diabo que o mundo passa por todas estas desgraças, como: guerras, tristezas e aflições até hoje. Mas Deus não desistiu da humanidade: enviou Jesus, para resgatar do domínio do diabo àqueles que o aceitarem e os transportarem para a luz. Está em Colossenses 1:13: "e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado;"

O versículo acima define dois aspectos de quem é Jesus:

É nosso Salvador, o verdadeiro Messias, porque tem o poder de nos tirar do poder do diabo e nos transportar de volta ao Reino de Deus;
É nosso Senhor, porque o próprio versículo o define como rei "reino do seu Filho amado"

O apóstolo João explica muito bem que o diabo é o que nos acusa, que nos faz cometer erros, pecados. E também explica qual o objetivo de Jesus sido enviado por Deus:

1 João 3:8 "quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo."

Jesus é a Palavra de Deus (João 1) que foi feito carne e osso e habitou entre nós, é Deus na Terra (2 Pedro 1:1). Deus enviou o seu próprio filho para que todo aquele que NEle creia, não pereça mas tenha vida eterna, conforme João 3:16.

Existe um ditado popular que diz: "Também sou filho de Deus.". Isto não é verdade. Somos todos criaturas de Deus. Somente seremos filhos de Deus se aceitarmos a Jesus como nosso Senhor e Salvador, conforme está em João 1:12: "Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;"

Por isto às vezes dizemos carinhosamente que Jesus é o nosso irmão mais velho. Jesus é o primeiro filho, e quando nós o aceitamos, somos também feitos filhos de Deus.

E Deus enviou Jesus para pagar o preço pelos pecados que a humanidade cometeu desde que Adão e Eva foram destituídos da presença de Deus. Por isto Jesus morreu na cruz, para pagar o preço por todos os nossos pecados, as nossas iniquidades. O profeta Isaías previu a vinda de Jesus nada menos que 700 anos antes disto acontecer.

E atenção para um detalhe importante: todos dizem que Jesus morreu na cruz, mas poucos dizem que depois de três dias, Jesus ressuscitou e depois subiu aos céus para reencontrar Deus Pai. Nenhum outro deus fez isto, somente Jesus o fez. Portanto, Jesus continua vivo e virá pela segunda vez para levar com Ele todos os que crêem nele.

Isto prova que Jesus não é religião, mas sim a verdade, porque ele está vivo e vai voltar. O próprio Jesus disse em João 14:6: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."

Portanto Jesus é o único caminho para se chegar a Deus. A religião é um meio que o homem inventou para tentar atingir a Deus. Porém, o Evangelho é o contrário: é Deus atingindo às pessoas.Não existe outra maneira de se atingir a Deus senão por Jesus:

1 Timóteo 2:5 "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,"

No lugar de Jesus, veio a terceira pessoa de Deus: O Espírito Santo, justamente para nos convencer de nossos pecados e nos voltarmos a Deus novamente, aceitando a Jesus como Senhor e Salvador. Até hoje, o Espírito Santo é quem inspira, quem convence do pecado, quem nos consola, quem nos auxilia.

Não podemos forçar a você a aceitar a Jesus em nenhum momento. Se Deus nos deu livre arbítrio, somos nós que decidimos individualmente por nossas vidas se aceitamos ou não a Jesus.

O que podemos dizer é que esta escolha é mesmo de "vida" ou "morte": de vida eterna ou de morte eterna. Deus diz em Hebreus 9:27 que ao homem é permitido morrer uma só vez, vindo depois o julgamento. O julgamento consiste em saber se o homem passará a eternidade com Deus (vida eterna) ou passará a eternidade separado de Deus para sempre (morte eterna).

Deus diz que o inferno foi feito para o diabo e seus anjos, mas também todo aquele que não aceita a Jesus como seu legítimo Senhor e Salvador, infelizmente terá este mesmo destino. O único meio de se garantir a vida eterna com Deus é aceitando a Jesus em sua vida.

Portanto, faça a escolha certa desde já: aceite a Jesus em sua vida, dê lugar a Ele, entregue seu coração a Ele. Ele é Deus, e Deus é Amor. Deus te ama e é da vontade Dele que você se salve. Porém, esta é uma decisão que somente você pode tomar.


Fonte: Site Profecias Brasil


Observação da Márcia: Não sou pastora, sou evangélica, porisso gosto tanto da palavra de Deus. Para postagens no blog, sem medo de errar, pois ainda sou iniciante na fé da palavra, prefiro postar os estudos de pastores, ou mesmo os textos que tocam mais meu coração, como este acima, do site Profecias Brasil, o qual menciono o devido crédito. Paz do Senhor a todos.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

BÍBLIA - A PALAVRA DE DEUS


"Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus."
(Está em - Provérbios Cap. 2 Vers. 4-5 - Bíblia Sagrada)

A Bíblia, apesar de ter sido escrita por vários homens, foi inspirada pelo Espírito Santo de Deus. Ela deve ser, o livro que mais gostamos de ler, pois ela é a Palavra de Deus. Além de ser o livro da vida ela é a melhor conselheira, e deve estar sempre conosco nos bons e maus momentos da vida.

A verdade sobre Deus e sobre o nosso Salvador Jesus Cristo está na Bíblia. Por isso, devemos amar, ler e obedecer a Palavra de Deus.

A Bíblia é, realmente, um livro que nos transforma, que nos dá conhecimento e sabedoria.


O TESOURO DA PALAVRA DE DEUS

"Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento."
(Está em - Provérbios Cap. 2 Vers. 6  - Bíblia Sagrada)

"Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus."
(Está em - Provérbios Cap. 2 Vers. 4 e 5  - Bíblia Sagrada)

Vejam que é Salomão, inspirado pelo Espírito Santo de Deus, que diz que "a Palavra de Deus é verdadeiramente um tesouro."

Mas por que, então, considerarmos a Palavra de Deus como um tesouro?

Por dois motivos:

1- Porque a Bíblia vem de Deus;
2- Porque a Bíblia faz você crescer na semelhança com Cristo.

1- A Bíblia vem de Deus

De acordo com 2Timóteo Cap. 3 Vers. 16, a própria Bíblia diz que "Toda a Escritura é divinamente inspirada..." Isto significa que Deus usou pessoas para transmitir tudo o que Ele queria nos dizer. Nela existe, então, uma sólida sabedoria para toda a nossa vida. Ela nunca muda, é sempre verdadeira, pois é a Palavra de Deus.

"Na Bíblia, você e eu temos orientação para todas as nossas necessidades, para todos os assuntos, para todos os dias e para sempre."

Como você vê a sua Bíblia?

Como a Palavra de Deus?
Você a lê todos os dias?
Você ama e lê a Palavra de Deus ou a acha um tanto quanto enfadonha?

Se você não tem lido a sua Bíblia, ou se, ultimamente, você anda desencorajada para lê-la, então, apanhe a sua Bíblia e leia-a para não fazer a vontade do inimigo de nossas almas, que nos quer ver derrotadas e sem ler a Palavra do nosso Deus.

Mergulhe de corpo e alma na Palavra de Deus. E ore enquanto você lê. Comprometa-se novamente com o seu crescimento espiritual, com a sua beleza interior, com a prática de ler a sua Bíblia. A Palavra de Deus irá fazer toda a diferença do mundo... em todas as áreas da sua vida e em todas as suas necessidades."

2 - A Bíblia faz você crescer na semelhança com Cristo

Vejam que versículo maravilhoso encontrado em 2 Corintios Cap. 3 Vers. 18: "Mas todos nós com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."

Você não quer crescer na semelhança com Cristo?
Eu quero! E por isso leio e releio a Palavra de Deus, diariamente, a fim de que possa ter Cristo como modelo em minha vida.
Sei que jamais serei semelhante a Cristo mas procurarei sempre tê-Lo como modelo e colocarei a Seus pés toda a minha pequenez. E orarei para que Ele me ajude a fazer o que é certo e procurarei sempre agradá-Lo em tudo que eu fizer.

O simples hábito de ler a sua Bíblia é tão gratificante e transformador que você desejará fazer isso por toda a sua vida... o que representará uma vida de crescimento espiritual, crescimento em Cristo e na beleza da semelhança com Ele, e crescimento em sabedoria.

O que é necessário fazer para que eu e você nos convençamos da importância de lermos a Bíblia para nos tornarmos pessoas sábias, virtuosas, belas aos olhos de Deus e segundo o Seu coração?

Os mineiros escavam procurando ouro, prata e pedras preciosas e nós, filhas de Deus, devemos fazer como eles ao esmiuçar a Palavra de Deus procurando tesouros escondidos nela. Podemos também fazer como os bereanos como nos mostra Atos Cap. 17 Vers. 11 que diz: "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a Palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim."
A riqueza espiritual que existe na Bíblia deve ser procurada como se procura um tesouro raro. E, logo que o achamos, devemos encravá-lo em nosso coração.

Descobrindo o Tesouro da Sabedoria de Deus

Podemos traçar o mapa deste tão precioso tesouro (a Bíblia). Sigamos alguns passos e, então, veremos quão maravilhosa e quão preciosa, mais do que o ouro, a prata e as pedras preciosas, é a Palavra de Deus.

Passo 1 - LEIA-A.
Comece lendo todo o Novo Testamento, ou leia Provérbios ou qualquer outro livro da Bíblia que, em seu coração, você tem vontade de ler. Não deixe passar nem um só dia sem ler a Palavra de Deus.
Vença o inimigo, derrube-o e leia a Bíblia mesmo se não estiver com vontade.
Não faça do seu tempo com a Bíblia um sacrifício. Apenas sente-se, abra a sua Bíblia e leia. Ou leve-a ao consultório médico, ao cabeleireiro, ao parque, ou leia-a no avião... [leia]... a Palavra de Deus, onde quer que você esteja.

Passo 2 - ESTUDE-A.
Quando lemos e relemos a Bíblia começamos a fazer perguntas a nós mesmas sobre certas passagens. Ao lermos sobre as vidas de mulheres da Bíblia, muitas vezes, nos perguntamos: "Mas o que será que isso quer dizer?" Algumas vezes é necessário lermos alguns livros sobre, por exemplo, Provérbios, livros que falam das vidas das mulheres bíblicas. Comece aos poucos a ler estes livros mas dê primazia à Bíblia.

Passo 3 - OUÇA-A.
Não apenas leia a Bíblia, mas também a estude e ouça-a. Pessoas habilitadas na Palavra de Deus, pastores, professores... podem nos ajudar a abrir os olhos e os ouvido do nosso entendimento. Tenha prazer em ir aos cultos e fuja das distrações, conversas que a estão fazendo desviar do que se está ensinando. Não converse, não se levante, não saia do ambiente onde se está explanando a Palavra de Deus. Satanás é esperto e perito em distrair as pessoas para não aprenderem e nem ficarem firmes na Palavra. Não falte aos cultos, nem às aulas da Escola Dominical, pois é aí onde você pode crescer espiritualmente.
Hebreus Cap. 10 Vers. 25 diz: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns..."

Passo 4 - MEMORIZE-A.
Há algumas pessoas que dizem que não conseguem decorar versículos mas se até uma criança de três anos consegue fazer isto por que, então, eu ou você não podemos?
A Bíblia diz no Salmo Cap. 119 Vers. 11: "Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti."

Passo 5 - DEVORE-A.
Leiamos os versículos seguintes e vejamos quão importante é para a nossa vida não só ler, não só estudar, não só ouvir, não só memorizar mas também devorar a Palavra de Deus para ter uma vida espiritual saudável e madura:

*Salmo 19:10 diz que a Palavra de Deus é mais doce "do que o mel e o licor dos favos."

*Sobre a Palavra de Deus, Jeremias 15:16 diz: "Achando-se as Tuas palavras, logo as comi, e a Tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração."

* Jó 23:12 fala sobre como ele guardou a Palavra de Deus: "Do preceito de seus lábios nunca me apartei, e as palavras da sua boca guardei mais do que a minha porção."

A Palavra de Deus trabalha em nossas vidas a partir do nosso ser interior, indo depois para o nosso exterior.

Ao ler a Palavra de Deus quero que ela fique encravada no meu coração, para tê-la sempre comigo  aonde quer que eu vá. Que eu grave em meu coração tudo o que Deus quer eu faça, que eu pense, que eu procure.

Que o meu caminhar diário, lendo a Palavra de Deus, orando sem cessar, obedecendo aos Seus mandamentos e olhando para a eternidade, sejam feitos do fundo do meu coração e do modo que agrade Ele. Amém!

Por Valdenira Nunes de Menezes Silva

terça-feira, 25 de maio de 2010

Aprenda a fazer uma devocional diária


A Bíblia é a palavra de Deus para nós, não é somente um livro é Deus falando conosco.
Precisamos então aprender a ouvir o falar do Senhor através de sua palavra.
Todos os dias precisamos ouvir o senhor falar conosco e podemos fazer isso lendo sua palavra, orando louvando e compartilhando o que aprendemos através da devocional.

É fácil fazer siga essas dicas:
 
Preparação:

 1°. Oração e leitura - Você vai se preparar, orar ao Senhor pra que o teu Espírito fale com você, depois você deve ler um trecho da Bíblia, se você estiver lendo a Bíblia sequencialmente será ótimo, pois você terá um caderno de estudos maravilhoso de cada parte da Bíblia, mas você pode também ler texto que não estão em seqüência.

2°. Observação e interpretação- Agora você deve ler novamente o trecho quantas vezes for preciso até que entenda e procurar no dicionário alguma palavra que por um acaso não conheça.

Escrevendo a devocional:

1°. Título- Crie um título para sua devocional que tenha a ver com o trecho lido para que seu leitor tenha uma noção do texto. Você pode também colocar uma imagem abaixo desse título para que sua devocional fique ainda mais bonita e atraia os olhos do seu leitor.

2°. O trecho bíblico- Escreva o trecho que você leu, deve ser de um a 3 versículos em média para não ficar muito grande.

3°. As explicações e comentários do trecho lido- Nessa hora você vai ministrar para seu leitor a palavra que você estudou e refletiu, você pode usar exemplos da vida para abordar o assunto ou simplesmente comentar o texto. Deixe o Senhor te usar nessa hora para que ele possa falar através de suas palavras para quem está lendo seu texto.

4°. Ore- Faça uma oração se embasando no texto, se o mesmo fala de paciência por exemplo, faça uma oração pedindo ao Senhor que te ajude a alcançar a paciência para ser mais doce com os que te cercam, para que compreenda e não magoe os outros... ore de coração e transcreva essa oração para que ela fale ao coração de quem está lendo e ele seja incentivado com isso a orar também.

5°. Pense- Deixe uma frase, ou um pensamento para seu leitor, se por exemplo o assunto é ser paciente diga: As palavras doces multiplicam o amor, mas a impaciência só traz dor e tristeza.


Fonte:  alguns sites


Além disso, você pode visitar este blog diariamente, pois temos vários devocionais selecionados, para reflexão, estudo e um pouco mais de conhecimento da palavra de Deus, além de matérias e notícias relacionadas.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O devocional diário

(. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  )

Há algo poderoso por trás desta prática (devocional), como estaremos analisando. Mas, preciso admitir que mesmo aprendendo que todo cristão deva ter seu período devocional com Deus, falhei centenas e centenas de vezes no que diz respeito a isto. Falhei em períodos em que não estive tão intensamente envolvido com Deus e Seu Reino, falhei também depois de estar bem comprometido com o Senhor e ministerialmente amadurecido. Portanto, quero iniciar nossa reflexão declarando que nem sempre erramos por falta de conhecer determinados princípios bíblicos, mas muitas vezes por mera falta de disciplina.

Sei que a maioria dos crentes de hoje não costuma investir diariamente num período de devoção com Deus. Muitos cometem este erro por falta de ensino e esclarecimento, outros por falta de cobrança e estímulo e, claro, há ainda aqueles que erram por pura negligência. Não quero me dirigir a um ou outro grupo em separado, mas aos três. Aos que conhecem a base bíblica deste princípio, convido-os a reverem aquilo que um dia aprenderam e dedicar-se à prática. Aos que estão recebendo este ensino pela primeira vez, apelo para que absorvam estes princípios e passem a vivê-los. Quanto aos deliberadamente negligentes, espero que se arrependam e também ordenem seus passos nesta área.
Precisamos compreender o valor e resultados provenientes do devocional diário. Então seremos estimulados a trazê-lo para a experiência diária. E ao fazê-lo, entraremos numa dimensão mais profunda de intimidade com o Senhor.

Deus espera que o busquemos todos os dias. Isto parece ficar bem claro na oração-modelo que Jesus nos ensinou: “…o pão nosso de cada dia nos dá hoje…” (Mt 6.11). Jesus ensinou a nos colocarmos diariamente diante do Pai Celeste e buscar Sua provisão para aquele dia. E quanto ao dia seguinte? Devemos voltar a buscar ao Senhor a cada novo dia. Cristo declarou: “Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6.34).

Mesmo sendo ensinados a depender de Deus para nossa provisão, o que percebemos é que o caminho bíblico proposto é ir a Ele em oração diariamente. E que as respostas divinas vêm em cotas “diárias”, não mais do que isto. Há uma relação entre este ensino do Senhor Jesus e o que ocorreu nos dias de Moisés quanto ao maná, o pão do céu.

Depois que a nação de Israel deixou o Egito, e saiu pelo deserto, em direção à Canaã, viu-se em dificuldades para ter seu próprio alimento, uma vez que, em viagem, não tinham tempo nem condições para plantar e colher. E começaram a murmurar contra Deus e contra Moisés. E o relato bíblico nos revela o que aconteceu:  “Então o Senhor disse a Moisés: eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não”. (Êxodo 16.4)

A cada novo dia os israelitas tinham que se levantar em busca do pão. Deus queria que fosse exatamente assim.  “Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para o dia seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles. Colhiam-no, pois, manhã após manhã, cada um quanto podia comer; porque, em vindo o calor, se derretia”. (Êxodo 16.19-21).

O que temos aqui não é só uma lição de dependência, mas os parâmetros divinos para a forma de Seu povo se relacionar com Ele! Parece-nos que era justamente isto que acontecia no Jardim do Éden, onde Deus visitava Seus filhos na viração do dia (Gn 3.8). O plano de Deus para nosso relacionamento com Ele envolve a busca diária. Mas temos uma inclinação a errar justamente aí. É só observar o que ocorreu com os israelitas no deserto: mesmo sendo advertidos para não colher mais do que a porção diária do maná, alguns deles tentaram fazê-lo. Porquê? Por puro comodismo, para não precisar levantar cedo e ter o mesmo trabalho no dia seguinte, uma vez que quando o sol se levantava, o maná derretia.

A humanidade vive procurando atalhos para todas as coisas. Como diminuir o serviço e tornar tudo mais cômodo parece ser uma das áreas em que mais vemos progresso e avanços tecnológicos! A idéia é simplificar tudo o que for possível. As crianças de hoje só usam fraldas descartáveis; temos o freezer e o microondas; a embalagem longa vida; o telefone celular, e uma infinidade de outras coisas que foram inventadas em nome da praticidade. E não estou reclamando. Eu, como a maioria, gosto disto. Mas temos transportado esta idéia para o nosso relacionamento com Deus. Isto ocorre desde o início da humanidade. Os israelitas demonstraram estar dentro deste mesmo tipo de pensamento quando acharam que poderiam “driblar” a regra da busca diária. E nós também continuamos presos à mesma forma de pensar, milhares de anos depois.

Não há meios de se trabalhar com estoque, no que diz respeito à presença de Deus. Devemos buscá-Lo a cada novo dia. O que experimentamos dEle num dia, não servirá para o dia seguinte. Este princípio aparece muito na simbologia bíblica. Através do profeta Jeremias o Senhor repreendeu Seu povo por não praticar um princípio essencial no relacionamento com Ele: o de reconhecê-Lo como manancial de águas vivas.

MANANCIAL OU CISTERNA

“Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”. (Jeremias 2.13)

Naqueles dias não havia água encanada, e o povo dependia dos mananciais para sua sobrevivência. Entretanto, tanto pela falta do manancial como pelo comodismo de não precisar buscar água todos os dias, as pessoas passaram a usar cisternas. A cisterna era um reservatório de água de chuva, e era muito prática, uma vez que evitava o trabalho de se ir diariamente atrás de uma fonte. Temos muitos exemplos bíblicos de pessoas indo aos poços para buscar água. Isto era algo comum a todos, razão pela qual Deus escolhe justamente esta figura para ilustrar a verdade espiritual que o Seu povo necessitava ouvir e entender.

Qualquer um sabe que há uma diferença na qualidade da água proveniente da fonte e do poço. Mas o que Deus está dizendo não é algo ligado à qualidade da água, mas ao fato de que, espiritualmente falando, as cisternas não funcionam. Deus chamou as cisternas que Seu povo vinha cavando de rotas, que não podiam reter as águas. Portanto, nesta comparação que o Senhor faz, a conclusão é única: quem bebe da fonte tem a água, enquanto que quem tenta a cisterna acaba ficando sem água!

Muitos de nós achamos que é possível “driblar” o princípio da busca diária e tentamos “encher nosso reservatório” nos cultos. Há pessoas que durante toda a semana não oram e nem lêem a Bíblia, mas acham que um culto é suficiente para mantê-las abastecidas. Era disto que Deus falava. Porque preferimos encher nossa cisterna em vez de ir diariamente à fonte? Talvez por mero comodismo, mas o fato é que temos falhado numa área vital de nosso relacionamento com o Pai Celeste. Ninguém sobrevive de estoque em sua vida espiritual. Não existe uma espécie de “crente-camelo” que enche o tanque e agüenta quarenta dias no deserto!

Creio que esta é uma área importantíssima a ser ordenada em nossas vidas. Não há nada que nos leve a estar mais próximos de Deus do que o relacionamento diário. Esta idéia de beber da fonte é usada por Deus em toda a Bíblia, e penso que isto serve para cultivar em nós uma mentalidade correta de nosso relacionamento com Ele; veja alguns destes textos:  “Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna”. (João 4.10,13,14)

“Ora, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a escritura, do seu interior correrão rios de água viva”. (João 7.37,38)

“Pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”. (Apocalipse 7.11)

“O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem”. (Apocalipse 22.17)

PRECISAMOS DE TEMPO AOS PÉS DO SENHOR

Muitas vezes estamos tentando agradar a Deus com nosso trabalho, mas, o mais importante para Ele é quando nos assentamos aos Seus pés. Nosso serviço é importante, porém estar com o Senhor, gastar tempo em Sua presença é muito mais. Além de que, depois de um tempo de comunhão o serviço se torna mais eficaz. Observe um episódio que Deus fez questão que fosse registrado para nosso ensino:  “Ora, quando iam de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. Tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, sentando-se aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que minha irmã me tenha deixado servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. (Lucas 11.38-42)

Enquanto Marta corria, Maria estava aos pés do Senhor. Todos conhecemos a história, mas fazemos questão de permitir que ela continue se repetindo… Muitos de nós só conseguimos pensar nos compromissos diários, na agenda cheia, em como fazer tudo etc… Preocupamo-nos com coisas que não mereciam tanta atenção. Deixamos que o “urgente” tome o lugar do “importante”.

Sei muito bem do que estou falando não só pelo convívio com outras pessoas, mas por mim mesmo. Por natureza sou alguém agitado, que não gosta de ficar parado. Se deixar, não paro um instante, sou como Marta. Mas tenho aprendido que na vida com Deus, as coisas são diferentes. Aprendi desde o início da minha caminhada com Ele, que a chave de tudo é o tempo investido em relacionamento com o Pai. E apesar, de por temperamento ser uma pessoa mais parecida com Marta, por princípio bíblico tenho forçado meu comportamento a se ajustar ao de Maria. Às vezes tenho as minhas recaídas, mas luto comigo mesmo, pois quero o melhor de Deus! Ninguém tem o direito de se desculpar dizendo: “Este é o meu jeito de ser”! Se Deus nos fizesse de modo diferente uns dos outros no que diz respeito a buscá-Lo, estaria sendo injusto conosco; estaria dando a um condições de agrada-Lo e a outro não. Mas isto não é mera questão de temperamento, e sim de comportamento. Precisamos aprender as prioridades corretas para crescer espiritualmente. Falta de tempo com Deus é o maior obstáculo ao crescimento do crente.

Costumamos permanecer tão cegos em nosso comportamento errado que às vezes tentamos até convencer Deus de que estamos certos. Marta foi pedir a Jesus que fizesse Maria se levantar e ajudar, e estava certa de que Jesus agiria de forma justa, mas não esperava que naquela situação a errada fosse ela. Tentou convencer até o próprio Jesus da importância de sua “correria”. De modo semelhante, muitas vezes estamos errados e tentando convencer-nos (e aos outros) do contrário.      Contudo, as palavras de Jesus são muito fortes, contundentes: “…poucas coisas são necessárias, ou mesmo uma só…” O que Ele estava dizendo a Marta? Que de toda a nossa correria, poucas coisas são realmente uma necessidade. Muito do que julgamos ser necessário, na verdade não é. Agimos assim na administração de nossa agenda diária; assimilamos muita coisa que poderia esperar como se o mundo fosse acabar em dois dias. E o resultado não é só estresse, mas falta de poder espiritual. A presença de Deus é um refrigério, e devemos cultivá-la com dedicação.

O Senhor Jesus declarou: “poucas coisas são necessárias, ou mesmo uma só”. Penso que com esta frase Ele na verdade estava dizendo: “Pode enxugar sua agenda que a maioria de seus compromissos não são assim tão importantes. E se tiver que escolher uma única coisa para fazer, fique em minha presença”.

Não estou dizendo que ninguém deva parar de trabalhar, estou falando principalmente de coisas que não precisam necessariamente acontecer naquele momento. Por exemplo, muitos de nós “precisamos” assistir ao noticiário todos os dias. Será que precisamos mesmo? Muitos de nós “precisamos” nos divertir com um bom filme. Mas será que não dá para dar um intervalo maior de dias entre um entretenimento e outro?    Você pode se questionar sobre muita coisa que faz, mas o fato é que se você tivesse que fazer restar uma única atividade em seu dia, por ser a mais importante, ou a única que verdadeiramente possa ser chamada de necessidade, deveria ser a de estar aos pés do Senhor.

O evangelista Moody, defensor deste tipo de pensamento (como todo homem que Deus já pôde usar de modo especial), declarou o seguinte: “Um dos mais claros sinais dos tempos é que muitos cristãos, em nossas associações de moços e igrejas, estão guardando diariamente a ‘hora tranqüila’. Nesta era de correria e incessantes atividades, precisamos de algum chamado especial para nos retirarmos e nos colocarmos a sós com Deus por um tempo, todos os dias. Qualquer homem ou mulher que assim proceder, não conseguirá passar mais que vinte e quatro horas longe de Deus”.

Moody chamava o momento devocional de “a hora tranqüila”. Mesmo que nossa vida se resuma em muita correria, deve haver um momento quando consigamos desacelerar para estar a sós com Deus.

AFIANDO O MACHADO

A falta de tempo com Deus impede-nos de servi-Lo melhor. E atualmente até mesmo muitos ministérios estão sendo formados de maneira errada! São ensinados a fazer, fazer e fazer, mas quando investimos tempo a sós com o senhor, aumentamos o proveito do serviço depois. 

Veja este princípio bíblico:    “Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve por mais força; mas a sabedoria é proveitosa para dar prosperidade”. (Eclesiastes 10.10)

Quando o rei Salomão foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever estas palavras, não nos deixou apenas um princípio natural, mas, paralelamente estabeleceu um fundamento espiritual. Assim como a sabedoria de afiar o corte do machado no rachar lenhas torna o trabalho mais eficaz, também há recursos espirituais que tornarão nosso andar em Deus mais frutífero.

Se o machado de um lenhador encontra-se embotado, sem corte, ele tem que empreender muito mais força e energia em seu trabalho, consumindo assim mais do seu tempo. Mas ao investir uma parte do seu tempo afiando o corte do machado, no fim terá economizado tempo e energia. A partir do momento que a ferramenta tem melhor corte, será o corte que determinará o resultado, e não a força do golpe na lenha. Resumindo: Se tentarmos economizar o tempo que usaríamos dando manutenção à ferramenta, acabaremos perdendo mais tempo ainda no trabalho que executamos.

O povo de Deus precisa aprender urgentemente esta lição! O que precisamos aprender e provar na prática, é que o tempo gasto com Deus é o machado sendo afiado. Se economizarmos nesta prática, perderemos muito mais tempo e energia depois e não conseguiremos fazer tão bem o serviço.

NOSSA PRIORIDADE DIÁRIA

Agora chegamos num ponto importante. Sabemos que precisamos estar com Deus. E que isto deve acontecer todos os dias. E que este encontro não precisa durar o dia todo. E que a maior desculpa que damos é que, em meio à correria, não nos sobra tempo para isto. Portanto, o melhor remédio é fazer de seu período devocional com Deus a primeira atividade do dia. Se você o faz antes das outras coisas, não corre o risco de acabar ficando sem fazer.

O que fazemos quando nos encontramos financeiramente “apertados”, e temos várias contas a pagar, sabendo que talvez naquele dia ou semana não haja recursos suficientes para pagar tudo? A maioria de nós tem experiência nisto. Começamos pagando as contas mais importantes, as prioritárias. E o resto ajusta-se depois. Se conseguirmos transferir a mesma mentalidade e raciocínio para a prática do devocional, tudo será diferente. Estar com Deus é a conta prioritária a ser paga a cada dia, portanto, devemos começar por ela, e o resto vai ajustando-se como der!

No início deste estudo usamos o exemplo do maná como uma figura desta busca diária. E o maná tem uma figura que se encaixa bem naquilo que estamos falando. Se ele não fosse colhido logo cedo, se derretia com o Sol. Em outras palavras, ou a pessoa começava seu dia com aquela atividade prioritária, ou acabava ficando sem ele. Com nosso devocional não deve ser diferente. Jesus nos deixou o exemplo:     “De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava”. (Marcos 1.35)

De modo semelhante ao ato dos israelitas de colher o maná antes do sol se levantar, Jesus muitas vezes saía cedo de casa a fim de estar a sós com o Pai Celeste. Aqui ainda vemos outro princípio importante para nosso devocional. O texto diz que Cristo “foi a um lugar deserto”, o que fala da importância de estarmos a sós com Deus neste momento. Estou convicto de que não há hora melhor para se ter o devocional do que ao amanhecer do dia. Lemos no Velho Testamento: “De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando”. (Sl 5.3).

A oração sempre será algo abençoador, mas quando Deus dá ênfase ao fato de buscá-Lo logo de manhã, está valorizando aqueles que decidiram estar com Ele como a sua prioridade do dia. Buscar ao Senhor no início do dia é honrá-Lo como o que de mais importante temos. E Deus está realmente interessado nisto! Veja o que o profeta Isaías declarou:
“O Senhor Deus [...] me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos”. (Isaías 50.4)

Se dermos esta liberdade ao Senhor, priorizando o tempo com Ele, certamente perceberemos que o maior interesse neste tempo de qualidade ao início do dia, é do próprio Deus. Isaías afirmou que o Senhor o despertava para ter este tempo de comunhão. Para Moisés, Deus também fez este tipo de convite: “Subas pela manhã e põe-te diante de mim no cume do monte” (Êx 34.2). Qual era a importância de subir ao monte pela manhã? A única que temos enxergado em cada versículo até agora: dar ao Senhor as primícias do dia.

RAÍZES SANTAS

“E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão”. (Romanos 11.16)      Com base nesta afirmação bíblica, Andrew Murray declara em seu livro “A Vida Interior” o seguinte: “Se as primeiras horas da manhã forem consagradas ao Senhor, o restante do dia com as suas diversas tarefas também o será”. Ele chamava a prática deste princípio de “a hora matinal”. Acredito piamente neste princípio. Se santificarmos as primícias do dia, santificamos o dia todo!

Assim como nosso corpo despoja-se de seu cansaço na noite de sono, levantando-se renovado ao amanhecer, também algo precisa acontecer com nosso espírito. Não podemos ignorar o fato de que o crente precisa de renovação diária em seu relacionamento com Deus. É como no caso do maná. O que se colhe num dia, dura só para aquele dia. E a cada novo dia temos que buscar ao Senhor novamente. Quando aprendemos a prática do devocional diário, estamos dando um passo vital para andar em renovação espiritual:    “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia”. (2 Coríntios 4.16)

Ao usar a expressão “nosso homem interior se renova de dia em dia”, a Bíblia está nos apresentando a visão de que na vida cristã todos precisamos de RENOVAÇÃO DIÁRIA. Por outro lado, ao afirmar “mesmo que o homem exterior se corrompa”, penso que as Sagradas Escrituras estavam falando de duas coisas: da deterioração física do envelhecimento natural, e também da corrupção do pecado. Tanto em uma como em outra, a idéia é a de que dia após dia estamos nos “estragando” por fora, em nossa carne. É por isso que precisamos passar por um processo de renovação diária em nosso íntimo, no homem espiritual. E se investimos nesta prática, não seremos tão duramente afetados pela força do pecado.

Nosso espírito e nossa carne combatem entre si (Gl 5.16), e quanto mais fortalecemos a um deles, maior a probabilidade de vitória nesta luta. Portanto, precisamos alimentar diariamente nosso espírito em momentos de devoção ao Senhor. Por isso é tão importante que tenhamos um tempo diário meditando na Palavra, orando, adorando ao Senhor.

COMO FAZER O DEVOCIONAL?

Muitos nos perguntam como podem conduzir seu tempo devocional. Isto é algo pessoal, e acima de tudo, devemos ser sensíveis ao Espírito Santo. Mas há algumas coisas que precisam estar presentes neste momento, e queremos dar algumas sugestões quanto a estas práticas indispensáveis para o momento devocional. São elas: a meditação bíblica, a oração e a adoração.

Meditação Bíblica – Nos dias do Antigo Testamento (e mesmo até séculos recentes) as pessoas não dispunham de cópias das Escrituras. Alguns – como os sacerdotes e escribas, por exemplo – tinham acesso diário às Escrituras, mas a maioria não. Eles dependiam das reuniões públicas para semanalmente ter algum contato com a Palavra. Penso que esta foi a única razão pela qual Deus não exigiu de todos a leitura diária das Escrituras, mas ainda assim, de alguns isto era exigido, como no caso dos reis:    “Também, quando se assentar no trono de seu reino, escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos levitas e sacerdotes. E o terá consigo e o lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estatutos, para os cumprir”. (Deuteronômio 17.18,19)
Foi por ter este contato diário com as Escrituras, que Davi pôde escrever um Salmo tão belo como o 119. Creio que Deus espera daqueles que desejam viver próximos dEle, um tempo diário com sua Palavra, que envolve pelo menos três atividades distintas além da leitura em si: falar (confissão e testemunho aos outros); meditar (refletir, analisar cuidadosamente); praticar (viver o que está escrito, obedecer). Veja o que Deus disse a Josué:   “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o seu caminho e serás bem-sucedido”. (Josué 1.8)

Oração – Já vimos que Jesus nos ensinou em Seu modelo de oração a estarmos diariamente perante Deus. Esta deve ser uma prática diária, o que percebemos na frase “o pão nosso de cada dia…”; portanto, também deve estar em nosso momento devocional diário. Este tempo deve envolver os diferentes tipos de oração, como por exemplo: confissão (tanto de nossos pecados como também das promessas bíblicas que nos dizem respeito); súplica (aqui se enquadram nossas petições); intercessão (quando oramos por outros – nossos familiares, discípulos, vizinhos etc…); ações de graça; oração no Espírito (em outras línguas).

A oração do “Pai-Nosso” é um excelente modelo de oração; suas frases nos dão uma direção para as áreas importantes a serem abordadas em nossa oração diária.

Louvor e Adoração – Esta também é uma prática diária. Davi declarou:    “Todos os dias te bendirei e louvarei o seu nome para sempre”. (Salmos 145.2)       O tempo de adoração pode envolver cânticos conhecidos e espontâneos, bem como declarações de amor e exaltação. Alguns gostam de utilizar músicas gravadas num CD nestes momentos, o que também deve ser visto como um acréscimo ao momento de adoração. Ouvir louvores não substitui o louvar; são duas coisas distintas. Mas acompanhar o louvor gravado não deixa de ser um bom recurso.

CONCLUINDO

Além de saber que devemos ter nosso período devocional diário (e matinal) com Deus, e conhecer algumas das práticas indispensáveis a este momento, penso que devemos também compreender a quietude e privacidade que devem estar presentes neste momento. Acredito que há algo poderoso na oração coletiva, e devemos aprender a orar com outros irmãos, bem como com a Igreja toda reunida. Mas a força do período devocional com Deus reside no princípio de estar a sós com Deus. Isto não só nos ajuda a cultivar a intimidade com o Senhor, como também é um mandamento de Cristo:    “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”. (Mateus 6.6)

Estar à portas fechadas com Deus, é uma necessidade de cada um de nós. Ali não só pedimos, mas adoramos e nos rendemos com total liberdade de rasgar o coração. Assim como um casal tem seus momentos de privacidade longe da vista de todos, penso que devemos cultivar momentos de comunhão com o Noivo que também sejam marcados pela privacidade.

Se você não tem meios de se trancar, pelo menos procure se afastar das demais pessoas para ter este momento. Certamente esta prática diária te levará a um novo nível de relacionamento com Deus!


Fonte: Redação Gospel + 


Acima, o crédito do texto sobre devocional do site da Gospel+, embora tenha sido acrescentado neste blog, sem alterações,  justifico a escolha deste texto como o mais completo sobre o assunto devocional, dentre os que li.  Parabéns ao autor ou autores, e glória a Deus pela inspiração !   Como a palavra do Senhor é para todos, vamos transmití-la de todas as maneiras, até promovendo outros sites gospel.   Deus abençoe a todos !

sábado, 22 de maio de 2010

Os desafios do cristianismo às portas do novo milênio - matéria da revista Veja de dezembro/1999, quando acontecia a virada do novo milênio


(Texto totalmente atual, a nao ser pela principal mudança do Papa, entre outros fatos menos relevantes)
 
A doutrina de Cristo, que dominou a vida do Ocidente nos últimos 2 000 anos, continua vigorosa e com capacidade de adaptar-se ao mundo moderno

Ninguém desconhece a história que se segue, crendo ou não em sua origem sagrada. Um judeu das montanhas da Galiléia com reputação de doutrinador e capacidade de curar as pessoas aparece aos 33 anos em Jerusalém, durante a Páscoa judaica. Em três dias, desenrola-se em torno dele o drama de solidão, humilhação e morte que acompanha a humanidade há vinte séculos. Ele é preso, julgado, condenado por traição e executado na cruz ao lado de criminosos comuns. Nenhum historiador registrou inequivocamente sua passagem pelo mundo dos homens. Mas 2.000 anos depois que os eventos acima ocorreram, segundo os quatro evangelistas, Jesus é o personagem dominante da vida ocidental. Mesmo entre as pessoas que não fazem parte do rebanho atual de mais de 2 bilhões de seguidores do cristianismo, ele é um símbolo poderoso.

A moral e os costumes, a arte e a ciência, a política e até a economia, toda a bagagem cultural com que a humanidade entrará no próximo milênio foi tocada e, freqüentemente, moldada pelo cristianismo. Nenhum poeta ou o mais genial dos escritores conseguiu criar um personagem tão influente como esse aprendiz de carpinteiro que dizia a seus seguidores, sem rodeios, ser o filho de Deus: "Eu e meu Pai somos um". Até os séculos passaram a ser medidos a partir do nascimento de Jesus. O cristianismo triunfou de geração em geração, enfrentando e vencendo desafios com uma força que para os fiéis só pode ser de inspiração divina. Como registra o Velho Testamento: "Até aqui nos ajudou o Senhor". Mas como será daqui para a frente? Como o cristianismo enfrentará os desafios que se apresentam agora, no alvorecer do terceiro milênio? Como serão a face e a voz de Jesus Cristo num mundo em furiosa transformação tecnológica e de costumes? Firmemente assentados na história vitoriosa da religião cristã, os estudiosos não se abalam com o gigantismo dos obstáculos que enxergam pela frente. "Podemos mandar câmaras fotografar os anéis de Saturno e as luas de Júpiter, mas elas nunca vão revelar a verdadeira face de Deus nem enviar uma imagem do paraíso", diz o sociólogo americano Rodney Stark, da Universidade de Washington, autor de The Future of Religion (O Futuro da Religião). "A religião em sua forma mais pura sempre estará fora do alcance das especulações racionais."

O que impressiona na trajetória histórica dos seguidores de Cristo é o fato de que a religião podia muito bem ter-se estatelado. Nos primórdios do primeiro milênio, o cristianismo sofreu bastante até deixar a condição de seita judaica dissidente e se tornar a religião oficial do Império Romano. Na aurora do segundo milênio, imersos nas trevas da Idade Média, os cristãos mandaram seus guerreiros às cruzadas com a missão de combater em nome de Cristo os infiéis muçulmanos, na época detentores de uma civilização refinada com conhecimentos de astronomia, matemática e filosofia. Entendiam também de coisas mais prosaicas mas muito úteis naquele tempo, como a fabricação de aço mais resistente para as espadas da guerra santa. Mais tarde o cristianismo escaparia da armadilha cruel da Inquisição e da incômoda condição de fiador de monarquias sanguinárias e corruptas baseadas no direito divino dos reis. O ramo mais vigoroso do cristianismo, o católico, pode reivindicar como milagre o fato de ter sobrevivido a um grupo de papas dissolutos, assassinos e gananciosos que reinaram há cerca de 500 anos. Eles faziam guerra, elegiam os filhos bispos, tinham amantes, vendiam promessas de salvação eterna a ricaços que se dispunham a pagar por essa garantia. Basta examinar a ficha de um deles para ter boa idéia do conjunto. Alexandre VI (1492-1503), o papa Bórgia, foi eleito para o trono de Roma por um conclave corrupto, teve quatro filhos ilegítimos, promoveu orgias no Vaticano. Foi acusado pelos contemporâneos de assassinatos e complôs. "O cristianismo em geral e a Igreja Católica, em particular, resistiram a impactos tão brutais que acho justificável seus seguidores acreditarem na natureza divina de seus alicerces", diz Werner Kelber, pesquisador do Novo Testamento, que se define como incrédulo.
O Cristianismo cresceu e se espalhou no mundo empurrado pela força poderosa de sua mensagem.   O mandamento de amar ao próximo foi uma verdadeira revolução em sua época
(Doni Tondo, de Michelangelo,sobre a catedral de Brasília)

Quais são os desafios do cristianismo às portas do novo milênio? VEJA ouviu uma dezena de teólogos e estudiosos da religião e leu seis livros recentes que tratam da questão em busca de uma resposta satisfatória. O resultado da investigação é uma lista fascinante de indagações.

Jesus histórico – Não se fala aqui do Jesus dos altares. Tampouco daquele que cada um traz no peito quando comunga da fé dos cristãos. O Jesus histórico é o personagem que nasceu, viveu e morreu na Palestina, em carne e osso, num período histórico determinado, numa época em que reinava o imperador romano Augusto. Este personagem está sob intensíssima investigação. Um grupo de pesquisadores americanos reunidos sob o rótulo de Seminário de Jesus irrompeu recentemente na cena dos estudos religiosos sustentando que o trabalho dos quatro evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, não tem valor como prova material da existência de Cristo. O quarteto escreveu suas versões entre quarenta e 100 anos depois da morte de Jesus, e são as fontes mais próximas do mestre da Galiléia.

Segundo os integrantes do Seminário de Jesus, os evangelistas enxergariam seu retratado como um profeta do Velho Testamento e não como o fundador de uma nova religião revolucionária. "Com a evolução dos mecanismos científicos de estudo das relíquias e provas históricas o mais certo é que, a cada ano, se vai provar que muito pouco da narração do Novo Testamento é confiável", diz o canadense John Dominic Crossan, um dos mais ativos pesquisadores do grupo. "Não podemos ter certeza de nada que Jesus realmente disse porque não existem testemunhos irrefutáves daquela época", argumenta Stephen Mitchel, autor de um documentário de televisão famoso, O Evangelho Segundo Jesus.

Os estudiosos do Seminário de Jesus são contraditados por uma corrente mais tradicionalista, para a qual o fato de não brotarem evidências arqueológicas da passagem de Cristo pela Palestina só prova uma coisa: que é muito difícil reconstruir a história arcaica da humanidade, especialmente quando se buscam sinais de indivíduos particulares, mesmo que eles tenham tido uma existência extraordinária. Outra corrente se acha satisfeita com as provas já existentes. Fora da Bíblia, é encontrada apenas uma referência à passagem de um certo Jesus pela Palestina. Flávio Josefo, historiador judeu de cidadania romana, em seu livro Antigüidades dos Judeus, escrito no ano de 94, fala de um certo "Jesus, um homem sábio, que fazia coisas extraordinárias e pregava para o povo". Outro autor romano, Plínio, o Jovem, do fim do século I, descreve um grupo de fiéis rezando e cantando hinos a "Cristo, como se fosse um deus".

Secularização – Em bom português significa simplesmente que as pessoas tendem, pela própria dinâmica da vida moderna, a fazer ouvidos de mercador para os ensinamentos das igrejas. A indiferença de quem ouve é o pavor de todos os doutrinadores. As pessoas querem ser bons católicos ou evangélicos sem ter de seguir à risca cada um dos ditames dos sacerdotes e pastores. É possível ser um bom cristão e fazer sexo antes do casamento ou usar métodos anticoncepcionais artificiais como a pílula? Pesquisa do Seminário de Jesus com católicos americanos chegou a um número avassalador: 83% das pessoas acham que não cabe aos religiosos dar opiniões incontrastáveis sobre tais questões do foro íntimo de cada um. Pesquisas semelhantes feitas no Brasil, na Itália e em outros países de forte tradição católica apontam a mesma tendência, mesmo que os números sejam menos contundentes.

Modernidade – No passado, a Igreja Católica afastou as mulheres do sacerdócio e proibiu os padres de se casarem. Atualmente, isso começa a parecer para muitos devotos um dogma que engessa a fé em regulamentos ultrapassados.

Ecumenismo – É extremamente complexo o desafio de manter a unidade da doutrina cristã ao mesmo tempo que se fazem aberturas na direção de outras crenças. Como admitir a existência de outros credos sem perder a fé na hegemonia dos princípios cristãos? Católicos e protestantes, que deveriam ser os mais próximos, ainda não resolveram suas divergências essenciais. Excomungado pelo papa Leão X em 1521, o monge alemão Martinho Lutero foi o pai da Reforma Protestante. Lutero rebelou-se contra a venda de indulgências, uma fonte poderosa de divisas para o papado. Foi com dinheiro arrecadado com a venda de indulgências que a Basílica de São Pedro foi construída. Apesar dos vários acenos de boa vontade, essa questão central não foi debatida a sério nos encontros ecumênicos de alto coturno da hierarquia religiosa de ambos os lados. Católicos e judeus, separados no berço de suas civilizações, ainda têm um longo caminho a percorrer para estabelecer bases mínimas de convivência.

A ameaça do islã – O islamismo é a religião que mais cresce no mundo. Embora seja marcadamente étnico, identificado com os árabes, o islamismo tem alcançado pelas migrações uma penetração crescente na Europa, o mais tradicional reduto cristão. "O islamismo já é a segunda religião mais numerosa na Alemanha, na França e na Itália", diz o padre e historiador da Igreja, José Oscar Beozzo. O embate com o islã traz embutida uma contradição incontornável. O cristianismo vive hoje num ambiente da mais ampla liberdade religiosa, o que permite, por exemplo, que o islã construa uma de suas maiores mesquitas em plena Roma dos santos e dos papas. Mas os cristãos têm de disputar espaço com o islamismo que exclui, a vertente fundamentalista da religião criada por Maomé no século VII da era cristã. O fundamentalismo islâmico não só é contra a liberdade de fé como é a favor da teocracia, do Estado religioso. A construção de qualquer templo que não seja uma mesquita é rigorosamente proibida nos países islâmicos. O islamismo não se contrapõe apenas ao cristianismo. "Com o fim do comunismo, é hoje o único foco de resistência ao pensamento de livre mercado ocidental. Ao se fechar dentro da prática religiosa, procura impedir a destruição de sua identidade religiosa e nacional", diz o filósofo Mario Sergio Cortella, professor da Pontifícia Universidade Católica, PUC, de São Paulo. "Com os dólares do petróleo e as armas que herdaram da Guerra Fria, eles se tornaram fortes o bastante para enfrentar o pensamento dominante da civilização cristã ocidental."

Os pecados do cristianismo – O papa João Paulo II tem se empenhado como nenhum outro antecessor para tirar dos ombros da Igreja os pecados acumulados nos tempos duros da afirmação da fé cristã. "Os cristãos não podem dar as boas-vindas ao Terceiro Milênio sem se arrepender de seus pecados históricos", disse o papa. O chefe da Igreja tem feito isso com estilo e graça. Ele desculpou-se em nome da Igreja pela condenação de Galileu Galilei, o sábio punido pela Inquisição por sustentar que a Terra não era o centro do universo. João Paulo II delimitou onde começa a fé e termina a ciência. "A missão da Igreja não é ensinar como o céu foi feito, mas mostrar o caminho até lá", disse o papa. Desculpou-se também pelo fato de a Igreja ter sido avalista ideológica das atrocidades cometidas pelos conquistadores europeus na América portuguesa e espanhola há 500 anos.

Todas as desnorteantes questões acima têm sido respondidas pela hierarquia das igrejas cristãs. Os protestantes armaram a mais fenomenal defesa em torno da idéia de que é uma imensa perda de tempo procurar evidências científicas da passagem de Jesus pela Palestina. O mais ardoroso defensor da tese de que a sacralidade da fé se basta é o historiador americano Luke Timothy Johnson, da Universidade Emory. Num livro inflamado, escrito numa linguagem acessível, Johnson argumenta que os caçadores da arca perdida do cristianismo acabam eles próprios atacando verdades firmadas no decorrer de séculos de adoração cristã. "Eles estão distorcendo questões de fundamental importância para sustentar seus pontos de vista materialistas", diz Johnson. O papa João Paulo II deu uma contribuição decisiva à questão em 1989. Nessa época, testes científicos haviam sido feitos no Santo Sudário, o manto que teria servido de mortalha para o corpo de Jesus. Esses testes desqualificaram a relíquia como uma tela produzida na Idade Média. Diante dessas revelações, depois colocadas em dúvida por testes subseqüentes, o papa não vacilou. "Acredito que o Santo Sudário é genuíno", disse ele. Johnson também mantém o respeito pela relíquia. "Quando uma questão é elevada a um mistério da fé não basta uma medição de carbono 14 para derrubá-la de sua glória", diz o historiador. Testes mais recentes reabilitaram a relíquia. Ela conteria partículas de pólen de flores que só existem na região onde se acredita que Jesus tenha morrido.

A maioria dos teólogos vê na história do cristianismo um permanente movimento de pêndulo entre o que eles chamam de carisma e de poder. Ou entre a modernidade e o dogma. Teria sido sempre assim na história do cristianismo, de modo que as atuais contestações sobre o celibato ou a ordenação de mulheres seriam apenas temáticas novas de questões que se repetem ciclicamente. Quando nascem, as igrejas são tomadas pelo fervor religioso, pelo encantamento dos devotos com a revelação divina, com a liturgia e com a doutrina. Essa força espontânea tem seus espasmos na História – ela vai e volta. Ela brota da necessidade humana de desfrutar a possibilidade do sobrenatural. Chega então outro momento pendular em que, além da espontaneidade e da fé, o movimento precisa criar ou firmar estruturas e burocracias para sobreviver. "A história do cristianismo reflete de maneira clara este movimento pendular", explica Décio Passos, professor de ciência da religião da PUC de São Paulo. Para alguns teólogos, portanto, não há razão para preocupações. Por esse prisma, o cristianismo estaria recuperando neste fim de milênio parte do frescor de seus primeiros dias, numa nova volta do pêndulo que estaria levando os fiéis de novo às missas e aos cultos, como de fato acontece.

No seu início, o cristianismo era uma seita do meio rural judaico que congregava uma pequena comunidade reunida em torno dos ensinamentos de Jesus. Seus adeptos estavam ali mais para ajudar uns aos outros do que em busca da salvação eterna. O cristianismo cresceu e se espalhou no mundo empurrado pela força poderosa de sua mensagem. O mandamento de amar ao próximo como a si mesmo foi uma novidade completa para a época. A capacidade de servir ao outro foi a mola propulsora que transformou a seita de dissidentes judeus em religião oficial do Império Romano no curto espaço de 300 anos. O americano Rodney Stark apegou-se a esse detalhe para explicar o fenômeno do crescimento vertiginoso do cristianismo, que passou de 1.000 devotos no ano 40 para mais de 30 milhões três séculos depois. De acordo com Stark, uma epidemia, provavelmente de varíola, que matou um terço da população do Império Romano por volta do ano 165, foi a tábua de salvação do cristianismo. Entregues à própria sorte diante da calamidade, sem poder contar com o Estado que não se ocupava dessas coisas, os romanos pagãos ficaram maravilhados com a atitude dos cristãos que se encarregaram de cuidar das vítimas sem espera de recompensa. "A nova fé deu melhores explicações à sociedade, os valores de amor e caridade serviram melhor na atenção aos desvalidos", escreveu Stark num outro livro, The Rise of Christianity (O Crescimento da Cristandade). Foi a revolucionária atitude de solidariedade do cristianismo primitivo que lhe arrebanhou seguidores.

O pêndulo da religião moderna inclina-se hoje para seu lado carismático, para uma Igreja mais preocupada em louvar a Deus e servir ao próximo do que em promover a revolução, influenciar governos, mandar nos destinos terrenos das pessoas. Como sempre aconteceu, a Igreja se dispõe a desempenhar sua missão recorrendo aos recursos fornecidos pela época e ambiente peculiares. Assim como nas origens – adotou em sua liturgia elementos do teatro para fazer sua mensagem mais compreensível aos fiéis iletrados –, atualmente ela lança mão dos meios que a tecnologia moderna lhe oferece. "Vivemos na era da informação e as religiões que, como o cristianismo, se estabeleceram por meio do uso da palavra hoje têm de se integrar à cultura da imagem, da televisão e dos megaeventos", diz José Oscar Beozzo.

A época moderna, mesmo criando desafios, parece propícia ao cristianismo, que está numa fase oposta ao marasmo de anos atrás, quando as igrejas se apoiavam mais nas formalidades do ritual do que no coração dos fiéis. "A religião institucionalizada, estruturada para conservar sua tradição e seu modo de vida, acaba perdendo a força", observa o padre Alberto Antoniazzi, coordenador do curso de teologia da arquidiocese de Belo Horizonte. O desafio da religião de Jesus no mundo frenético no fundo seria da mesma natureza daqueles que ela circunavegou no passado: adaptar-se sem perder a essência. Para quem já enfrentou dilemas abissais em outros períodos históricos, não parece uma tarefa muito difícil.


 Fonte:  Veja edição 1628 / por Maurício Cardoso
 

30 dicas para Vencer (Em nome de Jesus)

1.Pense da forma como Deus pensa. (1 Coríntios 2:9), O que ninguém viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso que Deus preparou para aqueles que o amam.


2.Desenvolva uma visão de Vitória. (Isaias 43:19) Pois agora vou fazer uma coisa nova, que logo vai acontecer, e, de repente, vocês a verão.


3.Tenha um plano.(Provérbios 16:3). Peça a Deus que ele abençoe seus planos e eles darão certo.


4.Declare o que você busca.(Isaias 45:21).Falem logo e apresentem suas razões, consultem uns aos outros, se quiserem.


5.Permaneça forte mesmo nas adversidades. (Efésios 6:13) Por isso peguem agora a armadura que Deus lhe dá. Assim quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar.


6.Esteja sempre alegre. (Neemias 8:10) Vão agora para casa e façam uma festa. Repartam sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preparado. Este dia é sagrado para o nosso Deus, portanto, não fiquem tristes.


7.Você foi escolhido. (Jeremias 1:5) Antes do seu nascimento, quanto você ainda estava no ventre da sua mãe.


8.Conquiste a vitória. (Filipenses 3:13-14) É claro , irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está a minha frente. Corro direto para a linha de chegada, a fim de conseguir o prêmio da vitória.


9.Tenha a atitude de gratidão.(Efésios 4:29) Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam.


10.Supere os obstáculos. (I Coríntios 16:9) Pois encontrei aqui ótimas oportunidades para um grande e proveitoso trabalho.


11.Declare bênçãos.(Números 6:24-26) Que o SENHOR os abençoe e os guarde, que o SENHOR os trate com bondade e misericórdia. que o SENHOR olhe para vocês com amor e lhes dê a paz.


12.Desenvolva a mentalidade de recuperação. (Joel 2:25-26) Devolverei tudo o que vocês perderam quando eu mandei as enormes nuvens de gafanhotos, que, como exércitos destruíram as colheitas.


13.Mantenha o foco no futuro. (Hebreus 10:35). Portanto, não percam a coragem, pois ela traz uma grande recompensa.


14.Alimente sua fé.(1 João 5:4). Porque todo filho de Deus pode vencer o mundo. Assim, com a nossa fé conseguimos vitória sobre o mundo.


15.Viva para caridade.(Lucas 6:38). Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos.


16. Viva pelo Espírito Santo. (Gálatas 5:16).Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana.


17.Libere o passado (Filipenses 3:13-14) É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço tudo aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória.


18.Filtre seus pensamentos (Salmos 101:4) Afastarei de mim pensamentos desonestos e não terei nada a ver com a maldade.


19.Fique firme. (Êxodo, 14:13)Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o SENHOR vai salvá-los hoje.


20.Harmonize sua vida. (Sabedoria de Salomão 1:6) A Sabedoria é um espírito que ama a humanidade e ela não perdoa a pessoa que diz blasfêmias. Pois Deus vê os sentimentos mais íntimos de todos, ele conhece bem o que as pessoas pensam.


21. Espere bênçãos. (Salmos 84:12) o SENHOR Deus é a nossa luz e o nosso escudo. Ele ama e honra os que fazem o que é certo e lhes dá tudo o que é bom.


22.Perdoe dores passadas. (Efésios 4:31-32). Abandonem toda a amargura, todo ódio e toda raiva. Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo , perdoou vocês.


23.Cuide de sua imagem. (Provérbios 23:7). Não se mate de trabalhar, tentando ficar rico, nem pense demais nisso.


24.Evite coisas más. (Tiago 3:16-17) Pois onde há inveja e egoísmo, há também confusão e todo tipo de coisas más. A sabedoria que vem do céu ;e antes de tudo pura , e é também pacífica, bondosa e amigável.


25.Descanse e aguarde (Habacuque 2:3). Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra; porém ela se cumprirá sem falta. O tempo certo vai chegar logo, portanto, espere, ainda que pareça demorar, pois a visão virá no momento exato.


26.Espere o melhor de Deus. (Isaias 40:31). Mas os que confiam no SENHOR recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.


27. Seja você mesmo (Efésios 2:10) Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Jesus Cristo, ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós.


28. Deixe Deus ser sua defesa. (Hebreus 10:30). O SENHOR julgará o seu povo.


29.Seja vigilante. (Provérbios 4:23). Tenha cuidado com o que você pensa, pois sua vida é dirigida pelos seus pensamentos.


30.Louve a Deus. (Salmos 44:7-8) não é no meu arco que eu confio, e não é a minha espada que me dá a vitória, pois foste tu que me livras-te dos nossos inimigos e venceste aqueles que nos odeiam. Nós te louvaremos o dia todo; nós te somos gratos para sempre.


Autor desconhecido

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